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Congresso em Foco
22/1/2009 | Atualizado às 21:29
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), garantiu há pouco que os 13 senadores da bancada votarão de maneira unânime na eleição que definirá, no próximo dia 2, se é Tião Viana (PT-AC) ou José Sarney (PMDB-AP) quem vai substituir o atual presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN). A declaração foi feita após a reunião entre o tucano e um dos candidatos, Tião Viana, no final da tarde de hoje (22).
“Os 13 vão votar numa direção, como fixemos na CPMF”, adiantou Virgílio, ressalvando que, para que isso ocorra, não será preciso fechar questão (imposição de comportamento) no partido. “Não existe liberação de bancada, não acho correto fechar questão, sendo que o voto é secreto.”
A reunião com Tião Viana, embora sinalize aproximação de apoio, não significa que o PSDB tenha definido apoio ao candidato petista. Segundo Virgílio, agora que "está posta a cena", menção às candidaturas de Tião e Sarney, o partido não pode se queixar de falta de elementos para escolher o candidato ideal. "É hora de o PSDB decidir. O partido agora não pode se queixar de não ter dados para não decidir", disse o senador, informando que, na próxima segunda-feira (26) de manhã, voltará a se reunir com Tião e terão encontro com Sarney, em Brasília.
Segundo Virgílio, sua bancada ainda não havia definido sua posição porque "o quadro não estava posto". Ele se refere à indefinição quanto à situação do PMDB, que havia anunciado Garibaldi como candidato, em dezembro passado, mas pressionou José Sarney para entra na disputa. Para Virgílio, nem mesmo a tomada de posição do DEM, fechado com Sarney, vai influenciar a escolha tucana.
"O PSDB leva sempre em consideração o que pensa o DEM, mas tomará uma decisão levando em conta o que pensa o PSDB", poderou o líder tucano, avisando que, diante da disputa, a legenda tem "princípios a colocar e reivindicações a fazer".
Virgílio finalizou advertindo que o partido rejeita o candidato que funcione como uma espécie de "delegado" de Lula no Congresso – recado claro aos dois postulantes, ambos da base governista. "Disse e repito, e já disse ao Tião e ao Sarney: se é natural o Lula sentado lá em sua cadeirinha no Palácio do Planalto, não consigo imaginá-lo sentado aqui na cadeira da presidência do Senado dando ordens", avisou.
Despedida
Em tom de despedida, o atual presidente Garibaldi Alves minimizou a polêmica em torno da candidatura de José Sarney. Ao Congresso em Foco, Garibaldi disse que a entrada de Sarney no páreo não causa constrangimento, ao contrário do que considera a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC). "É uma candidatura que nunca deixou de estar nas minhas cogitações", disse Garibaldi, lembrando que na reunião que definiu seu nome, em dezembro, todos os membros do PMDB queriam Sarney candidato, mas ele mesmo rejeitou a possibilidade.
"Não se sabe o que levou Sarney a aceitar", emendou o senador, que já admite que sua candidatura seria passível de questionamentos jurídicos, uma vez que a Constituição veta a reeleição para a presidência do Senado na mesma legislatura. A princípio, Garibaldi sustentava que não havia irregularidade em seu pleito, haja vista que apenas exercia um "mandato tampão" desde dezembro de 2007, em substituição a Renan Calheiros (PMD-AL), que renunciou em meio à ameaça de cassação (leia). Ele chegou a apresentar, por diversas vezes, pareceres de juristas renomados todas as vezes em que a dúvida era suscitada.
Garibaldi demonstrou certo incômodo ao perceber que Sarney, mesmo dizendo que não aceitaria ocupar pela terceira vez a presidência do Senado, se comportava como candidato. "Ele chamou o Athur Virgílio em casa. Para dar boa tarde é que não foi...", brincou, destacando que Sarney só formalizará a candidatura depois da reunião da bancada, no próximo dia 28. (Fábio Góis)
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