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Congresso em Foco
10/9/2008 | Atualizado às 21:15
Em depoimento à CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, em curso na Câmara, o diretor afastado de Contra-Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Maurício Fortunato Pinto, admitiu ter mantido contato telefônico com o ex-agente do extinto Sistema Nacional de Informações (SNI, órgão da ditadura militar) Francisco Ambrósio do Nascimento. O araponga é acusado de ter comandado um grupo de agentes da Abin com o objetivo de executar interceptações ilegais contra autoridades do alto escalão dos três Poderes.
Momentos antes, o Paulo Maurício havio dito que se encontrou com Ambrósio na sexta-feira (5), antes do depoimento do araponga à Polícia Federal (PF), que foi realizado no sábado (6). O diretor da Abin negou, entretanto, que a conversa teve como intenção orientar Ambrósio em seu compromisso na PF, e que apenas serviu como forma de alertá-lo sobre matéria da revista IstoÉ, segundo a qual o ex-SNI seria o articulador das escutas.
No entanto, após reunião secreta realizada por determinação do presidente do colegiado, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), Paulo Maurício teria dito, segundo o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que não se tratou de um encontro pessoal – mas telefônico. Nova contradição: questionado se conhecia Ambrósio, o diretor garantiu não o encontrar "há dez anos". O desmentido, apontado por Itagiba na primeira parte da oitiva (e sem resposta de Paulo Maurício), não foi mencionado na reabertura dos trabalhos da comissão.
Paulo Maurício disse ainda que Ambrósio negou ter feito escutas telefônicas ilegais, muito menos teria coordenado o esquema, e que apenas auxiliou os trabalhos da Operação Satiagraha a pedido do delegado responsável, Protógenes Queiroz. Deflagrada no início de julho, a Satiagraha desbaratou um bilionário esquema de movimentações financeiras criminosas, supostamente orquestrado pelo economista Daniel Dantas. (Fábio Góis)
Atualizada às 21:13.
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