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Congresso em Foco
21/8/2008 | Atualizado às 9:25
Reportagem publicada hoje (21) pelo Correio Braziliense reforça os vínculos entre o primeiro-secretário do Senado, Efraim Morais (DEM-PB), e o lobista Eduardo Bonifácio Ferreira, acusado pelo Ministério Público Federal de negociar resultados de licitações na Casa.
De acordo com matéria assinada pelos repórteres Marcelo Rocha e Leandro Colon, Ferreira fez um contrato com Efraim dando ao senador poderes para representá-lo como sócio da empresa Chemonics Brasil Consultoria Empresarial. A empresa mudou de nome para Syngular Consultoria Empresarial Ltda. No inquérito da Operação Mão-de-Obra, que identificou fraudes em licitações no Senado, a Polícia Federal suspeita que a empresa seja de fachada.
No endereço atribuído à Syngular no cadastro da Receita, funciona uma firma que não tem qualquer relação com o caso.
Ferreira é acusado pela PF de ter acertado, no primeiro semestre de 2006, resultados das licitações – que estavam sob responsabilidade de Efraim – com as empresas Ipanema e Conservo. Apesar das denúncias, os contratos que totalizam R$ 35 milhões foram prorrogados pelo senador até 2009.
Em 29 de junho de 2006, a PF flagrou o lobista abrindo o gabinete de Efraim com uma chave pessoal logo após a Conservo e a Ipanema ganharem as concorrências. Na época, Ferreira já não trabalhava mais no Senado. Ele chegou a trabalhar para o senador paraibano entre 2003 e 2005.
Ainda de acordo com as investigações, o lobista se encontrou pelo menos oito vezes com os empresários suspeitos durante o processo licitatório e discutia o assunto também pelo telefone.
Procuração
A procuração de Ferreira para Efraim está registrada no cartório do 4º Ofício de Notas de Brasília. Ela estabelece a relação entre as partes nos seguintes termos: “representar o outorgante (Ferreira) na qualidade de sócio da firma Chemonics com a finalidade de transferir ao outorgado (Efraim), em caráter irrevogável e irretratável, 50% das cotas de capital que possui na referida empresa”.
Segundo a reportagem, o senador não consta como sócio da empresa na Junta Comercial do DF. Procurado pelo Correio, Efraim não retornou o pedido de entrevista.
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), já anunciou que pretende substituir esses contratos sob investigação até o fim do ano.
Ontem o corregedor da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP), disse que vai esperar o pronunciamento da Justiça para decidir o que fazer a respeito das denúncias que pesam sobre o primeiro-secretário. Além das suspeitas levantadas pela Operação Mão-de-Obra, Tuma também apura a contratação, sem licitação, por parte de Efraim, de empresas paraibanas para exibir propaganda do Senado e divulgar notícias enfocando senadores do estado (leia mais). (Da redação)
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