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Congresso em Foco
4/6/2008 | Atualizado às 18:06
Em seu primeiro discurso como senadora, depois de cinco anos e quatro meses a frente do Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva (PT-AC) disse, há pouco, que a política ambiental brasileira pode retroceder se os governantes desconsiderarem as atuais ações de preservação e combate ao desmatamento.
Em recado direto ao governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), a senadora criticou a atuação de Maggi em relação às políticas ambientais feitas pelo governo federal no estado. “Não era para o governador questionar as medidas [contra o desmatamento]”, declarou.
O governador mato-grossense vem travando esforços para que o governo federal reconsidere os índices de desmatamento no estado. Em abril, Maggi entrou com pedido junto ao governo federal para que seja feita “recontagem” do índice, além de solicitar que seja revisto o decreto que proíbe financiamentos a produtores que degradem o meio ambiente. O estado de Mato Grosso tem 19 municípios com graves problemas ambientais, identificados em 662 pontos do território.
Políticas
Em seu discurso, a senadora enumerou as quatro diretrizes de seu governo. À frente do Ministério, Marina Silva disse ter valorizado o controle e participação social, o desenvolvimento sustentável, o fortalecimento nacional do meio ambiente e a transversalização da política ambiental. “Vi que o ministério não deveria correr atrás dos prejuízos da agricultura, da energia. Vi que a questão ambiental não deveria ser compreendida como um combate ao desenvolvimento”, disse.
A ministra citou ainda alguns projetos nas áreas de energia e infra-estrutura que tiveram apoio do Ministério do Meio Ambiente. Entre eles estão a Usina do Rio Madeira, em Rondônia, as obras de asfaltamento da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém, e o projeto de transposição do Rio São Francisco. “O licenciamento do São Francisco nos foi questionado na Justiça, mas foi ganho, pois foi feito com os maiores critérios", defendeu.
Estratégia
Marina Silva começou com um discurso tímido de agradecimento e terminou enfatizando a necessidade de manter na agenda governamental as questões ligadas ao meio ambiente. “Nesses últimos cinco anos, vi as questões ambientais serem colocadas no coração desse país”, disse. “É um pensamento estratégico sermos capazes de cuidar de nossos ativos ambientais”.
Marina Silva deixou o governo no dia 13 de maio. A renúncia foi recebida com euforia por ruralista, enquanto ambientalistas brasileiros consideraram o pedido de demissão como um grande retrocesso para a luta de preservação da floresta amazônica brasileira.
“Eu saio do governo Lula com uma lição: aprendi, cada vez mais, olhar debaixo para cima. A minha saída não tem pretensão de desconstituição. Espero que [Carlos] Minc possa consolidar todas as políticas para o desmatamento”, disse. (Renata Camargo)
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