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Congresso em Foco
5/11/2007 | Atualizado às 20:26
Logo após protocolar o pedido de instalação da CPI do Corinthians, o deputado Silvio Torres (PSDB-SP) afirmou com exclusividade ao Congresso em Foco que os próprios parlamentares (75 deputados e quatro senadores) que retiraram as respectivas assinaturas do requerimento, na última quinta-feira (1º), confirmaram que o fizeram a pedido de governadores pressionados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Segundo matéria da reportagem veiculada na última sexta-feira (2), a CBF intercedeu junto aos 12 governadores para que presionassem deputados de seus partidos a desistir da idéia de subscrever o requerimento de abertura da CPI. Na semana passada, os 12 governantes acompanharam a delegação brasileira no anúncio da confirmação do Brasil como sede da Copa de 2014, em Zurique (Suíça). (leia mais) O deputado paulista apresentou nesta tarde à Secretaria Geral da Mesa do Senado mais 54 assinaturas de deputados e sete de senadores solicitando a instalação da CPI.
“As informações que chegaram a mim são dos próprios deputados que retiraram as assinaturas, atendendo ao pedido de governadores. E esses governadores, por sua vez, estavam respondendo a uma pressão do Ricardo Teixeira [presidente da CBF]”, revelou o deputado tucano.
Para Silvio Torres, o movimento pela criação da CPI deverá ganhar força nos próximos dias com o protocolo das novas assinaturas. “Complementamos com mais essas assinaturas, mas não terminou ainda. A sessão do Congresso, que deveria ter sido realizada na terça-feira (6), foi mudada para quarta-feira (7)”, disse.
“Acho que ganhamos tempo para argumentar com os deputados que não assinaram e outros que retiraram [as assinaturas]”, acredita Silvio Torres, para quem o apoio da sociedade também deve servir para legitimar a instalação da CPI. “Temos tempo de trabalhar mais, com mais aliados, inclusive com a força da opinião pública, que tomou conhecimento do episódio e se colocou francamente favorável à instalação da CPI.”
O deputado negou ainda que o esteio para a abertura da CPI esteja restrito a São Paulo, por motivos óbvios (além de ser o estado do Corinthians, é o que mais tem representantes eleitos na Câmara). “Essa CPI tem apoio de todos os estados, de todos os partidos. Não está concentrada em São Paulo. É que São Paulo tem 70 deputados e aparecem mais assinaturas. Não se trata de questão de torcida. Trata-se de uma conscientização sobre a importância de se investigar o crime de lavagem de dinheiro no futebol brasileiro”, finalizou. (Fábio Góis)
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