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Congresso em Foco
5/11/2007 | Atualizado às 20:49
O deputado Silvio Torres (PSDB-SP), que coordena, na Câmara, a coleta de assinaturas para a CPI do Corinthians, protocolou no fim da tarde de hoje (5) 54 novas assinaturas de deputados e outras sete de senadores. Com isso, mesmo após as perdas sofridas na semana passada (leia mais), a comissão poderá ser aberta.
A leitura do requerimento de abertura da CPI que investigará denúncias de desvio de verbas e evasão de divisas envolvendo o Corinthians e a empresa MSI está marcada para quarta-feira (7), às 19h. Isso porque a sessão do Congresso que estava prevista para amanhã (6) foi adiada para a quarta.
Com as novas assinaturas, a CPI mista ganha novo fôlego. Após a retirada do apoio de 72 deputados e seis senadores, a comissão corria o risco de ser arquivada. Naquele cenário, para alcançar o número mínimo de assinaturas na Câmara, faltava conseguir o apoio de 37 deputados, já que, para ser aberta, a CPI precisa ser assinada por 171 deputados e 27 senadores, e o protocolo inicial tinha o apoio de 209 deputados e 38 senadores.
Retiradas por estado
Dos 72 deputados que desistiram de apoiar a abertura da CPI do Corinthians, 80% são de estados que concorrem para sediar a Copa do Mundo de 2014. Só de Minas Gerais, estado que concorre ao jogo de estréia do mundial, 17 deputados e um senador retiraram suas assinaturas.
São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná também resultaram em baixas significativas à comissão. No primeiro estado, que também concorre ao jogo de estréia, nove deputados desistiram de assinar a abertura da CPI. Rio e Paraná tiveram cinco desistências cada.
Além desses, retiraram suas assinaturas quatro deputados da Bahia e de Santa Catarina; três deputados do Ceará, Maranhão, Rio Grande do Sul, Amapá e de Roraima; dois no Pará, em Pernambuco e no Espírito Santo; e um em Tocantins, na Paraíba, no Amazonas, no Acre, em Mato Grosso e em Rondônia.
No Senado, foram seis assinaturas retiradas: Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Cícero Lucena (PSDB-PB), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Adelmir Santana (DEM-DF).
Com relação aos partidos, não é possível perceber a concentração das desistências seja na oposição, seja no governo. Em cada um dos quatro grandes partidos representados no Congresso houve pelo menos dez pedidos de retirada de apoio à CPI.
Pressão pela Copa
A pressão contra a CPI vem sendo exercida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sob o argumento de que a abertura das investigações contra o segundo maior time de futebol do país poderia prejudicar a escolha do Brasil para sediar a Copa de 2014.
Mesmo após o anúncio oficial de que o Brasil será a sede do mundial, no entanto, a pressão continua. Parlamentares e governadores temem perder espaço na Copa caso apóiem a CPI.
“E a CBF tem esse poder, porque o governo não está assumindo a organização do mundial”, reclama o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que está coordenando o recolhimento de assinaturas no Senado.
Ao todo, 18 das 27 capitais brasileiras concorrem para sediar os jogos do Mundial. São elas: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). (Soraia Costa)
Veja a lista dos parlamentares que desistiram da CPI do Corinthians
DEPUTADOS
Waldir Maranhão (PP/MA)
Antonio Roberto (PV/MG)
Cleber Verde (PRB/MA)
Homero Pereira (PR/MT)
Nárcio Rodrigues (PSDB/MG)
Eduardo Barbosa (PSDB/MG)
Rodrigo de Castro (PSDB/MG)
Neucimar Fraga (PR/ES)
Neilton Mulin (PR/RJ)
Anibal Gomes (PMDB/CE)
Lelo Coimbra (PMDB/ES)
Perpétua Almeida (PCdoB/AC)
Francisco Rodrigues (DEM/RR)
Edinho Bez (PMDB/SC)
Dr. Talmir (PV/SP)
Vadão Gomes (PP/SP)
Índio da Costa (DEM/RJ)
Walter Ihoshi (DEM/SP)
Paulo Bornhuasen (DEM/SC)
José Carlos Aleluia (DEM/BA)
Antonio Bulhões (PMDB/SP)
Geraldo Pudim (PMDB/RJ)
Luciana Costa (PR/SP)
Jô Moraes (PC do B/MG)
Asdrubal Bentes (PMDB/PR)
Prof. Sétimo (PMDB/MA)
Osmar Serraglio (PMDB/PR)
Vanessa Gazzitotin (PC do B/AM)
Jorginho Maluly (DEM/SP)
Urzeni Rocha (PSDB/RR)
Eugênio Rabelo (PP/CE)
Wladimir Costa (PMDB/PA)
Nelson Bornier (PMDB/RJ)
Paulo Lustosa (PMDB/CE)
Fátima Pelaes (PMDB/AP)
Bonifácio de Andrada (PSDB/MG)
Jusmari Oliveira (PR/BA)
Vicentinho Alves (PR/TO)
Luciano Castro (PR/RR)
Lincoln Portela (PR/MG)
Airton Roveda (PR/PR)
Nelson Goetten (PR/SC)
Chico da Princesa (PR/PR)
Milton Monti (PR/SP)
Luiz Couto (PT/PB)
Virgilio Guimarães (PT/MG)
Zé Geraldo (PT/PA)
Pepe Vargas (PT/RS)
Maurício Rands (PT/PE)
Joseph Bandeira (PT/BA)
Fernando Ferro (PT/PE)
Décio Lima (PT/SC)
Anselmo de Jesus (PT/RO)
Cida Diogo (PT/RJ)
Maria Lúcia Cardoso (PMDB/MG)
João Magalhães (PMDB/MG)
Davi Alcolumbre (DEM/AP)
Carlos Alberto Leréia (PSDB/GO)
Paulo Abi-Ackel (PSDB/MG)
Rafael Guerra (PSDB/MG)
Vitor Penido (DEM/MG)
Jorge Khoury (DEM/BA)
Mendes Ribeiro Filho (PMDB/RS)
Roberto Santiago (PV/SP)
Evandro Milhomen (PCdoB/AP)
Marcos Montes (DEM/MG)
Alexandre Silveira (PPS/MG)
Sérgio Moraes (PTB/RS)
Geraldo Thadeu (PPS/MG)
Ciro Pedrosa (PV/MG)
Ratinho Júnior (PSC/PR)
SENADORES
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Cícero Lucena (PSDB-PB)
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
Adelmir Santana (DEM-DF)
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