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Governo deixou de receber R$ 4,3 bi das filantrópicas e m 2006

Congresso em Foco

31/10/2007 | Atualizado às 23:14

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Das 828 entidades não-governamentais que receberam mais de R$ 2 milhões do governo federal, entre 1999 e 2006, 304 têm registro de filantrópicas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Nesse período, as filantrópicas, que têm isenção de uma série de tributos federais, estaduais e municipais, receberam juntas R$ 4,5 bilhões (veja a tabela completa).

Embora represente apenas 3,28% de todas as 9.258 ONGs, entidades filantrópicas e demais instituições contempladas com recursos federais, esse seleto grupo ficou com pouco mais de um terço (34,3%) de todo o dinheiro repassado pelo governo, durante sete anos, para o chamado terceiro setor, conforme revelou ontem (31) o Congresso em Foco (leia mais).

O valor repassado pelo governo apenas para essas 304 entidades – em sua maioria, instituições de ensino e de saúde – é praticamente o mesmo da renúncia previdenciária praticada pelo INSS em relação a todas as filantrópicas somente em 2006. Foram R$ 4,31 bilhões no ano passado, segundo o Ministério da Previdência Social.

De janeiro de 2006 a setembro de 2007, a Previdência contabilizou R$ 21 bilhões em isenções fiscais. Desse total, R$ 7,8 bilhões (37%) se referem às instituições filantrópicas.

Filantropia sob suspeita

Em meio às cifras bilionárias, a CPI das ONGs pretende examinar com lupa as entidades que perderam, por descumprirem os critérios estabelecidos em lei, o certificado de filantrópicas concedido pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).

A comissão parlamentar de inquérito do Senado pediu ao CNAS, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a relação de todas as entidades que perderam, entre 1999 e 2006, os Certificados de Entidades Beneficentes de Assistência Social (Ceas). Também solicitou à Receita Federal o valor da renúncia previdenciária que beneficiou essas instituições.
 
De posse do Ceas, as entidades do terceiro setor podem pedir isenção do INSS. Da mesma maneira, as filantrópicas podem ganhar a isenção de outros impostos dos governos estaduais e municipais.
 
A comissão de inquérito também deve apurar as entidades denunciadas por terem cometido irregularidades contábeis ou por inflarem o atendimento gratuito obrigatório para obterem o Ceas. O certificado é concedido quando das instituições oferecem, pelo menos, 20% de serviços gratuitos nas áreas de educação e assistência social e 60% na área de saúde.
 
De acordo com o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), autor do requerimento da CPI, a investigação sobre as filantrópicas é mais um trabalho da comissão. Ele disse que será formado um grupo para analisar melhor o assunto.

“Vamos pegar esses dados. Estão surgindo fatos novos”, disse ele ao Congresso em Foco. Heráclito disse que não sabe como será o formato do grupo de trabalho, que ficará a cargo do presidente e do relator da CPI.

Pedido de descredenciamento

Atualmente, segundo o CNAS, cerca de 7 mil entidades possuem o Ceas. O conselho, no entanto, tem para julgar nada menos do que 400 representações movidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que pedem o descredenciamento de instituições por fortes indícios de irregularidades.
 
Segundo técnicos do Ministério da Previdência, é a Receita Federal que apura a inconsistência no certificado de filantropia. “É quando eles não preenchem os requisitos. Não fazem a prestação dos serviços gratuitos ou distribuem rendas aos seus diretores... Às  vezes, [as faculdades mantidas por essas entidades] dão bolsas de estudo, mas para os filhos dos diretores ou contabilizam os alunos que desistiram do curso como bolsistas”, exemplificou um servidor ao Congresso em Foco.

O presidente do CNAS, Silvio Iung, informa que o julgamento de todos os processos parados deve ser zerado em um ano e meio. Segundo ele, o novo andamento faz parte de um acordo firmado no início do ano como o Tribunal de Contas da União (TCU). 
 
O tribunal aprovou, em março deste ano, um relatório do ministro Marcos Vilaça apontando irregularidades na atuação do CNAS.

As principais, segundo o TCU, são as seguintes:
 
“Incorreções na apuração da parcela de serviços oferecidos gratuitamente; freqüentes ausências dos representantes do poder público às reuniões do conselho, provocando perda da paridade entre representantes do Estado e da sociedade civil; exagerada demora na análise de processos no conselho, com decadência de créditos tributários, o que pode gerar prejuízos ao erário; e a designação de conselheiros por período superior ao permitido pela legislação.”

Mais transparência
 
Iung lembra que o Conselho quer melhorar a transparência dos processos. “O Conselho tem todo o interesse de dar a mais absoluta transparência do processo em si. Vamos ter todo o interesse em colaborar e tentar fazer com que as entidades que são parceiras do poder público na prestação de serviço sejam diferenciadas”, diz ele, sobre os pedidos de informações da CPI das ONGs.
 
Além das representações do INSS contra as filantrópicas, o próprio CNAS julga procedimentos para renovação, a cada três anos, do Ceas. Segundo Iung, só

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