Avaliação do governo Lula sofre pequena queda

A nova pesquisa divulgada hoje pela CNT/Sensus mostra uma ligeira redução na avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto hoje 46,5% aprovam o governo, em junho de 2007 a avaliação positiva registrava 47,5%. A avaliação negativa, que era de 14% em junho, chegou a 16,5%. A pesquisa foi realizada de 8 a 12 de outubro, em 133 municípios das cinco regiões brasileiras, e ouviu duas mil pessoas (leia mais sobre a pesquisa).

O desempenho pessoal do presidente também caiu de 64% em junho para 61,2% na nova pesquisa. A desaprovação subiu de 29,8% para 32,5 %. Apesar de os números indicarem essa queda, ainda não é possível afirmar que a avaliação de Lula tenha piorado, pois os novos resultados estão dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.

Como afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade, a provável redução é só uma tendência. “As séries de avaliação do governo e do desempenho pessoal do presidente Lula apresentam ligeira tendência de queda.”

Eleições 2010

A pesquisa também faz uma previsão para as eleições de 2010. Por meio de três listas estimuladas, ela procurou saber qual é a preferência dos brasileiros para as próximas eleições.

Na primeira, José Serra registrou 12,8%; Geraldo Alckmin, 11,6%; Aécio Neves, 9,8%; Ciro Gomes, 9,4%; Heloísa Helena, 6,1%; Fernando Henrique Cardoso, 4,7%; Marta Suplicy, 2,2%; outros candidatos, 11,8%; 32,2% declararam não ter candidato.

Na segunda lista, Ciro Gomes teve 28,3%; Aécio Neves, 20,5%; Dilma Rousseff, 5,4%; 46,0% declararam não ter candidato. Na terceira lista, José Serra registrou 30,0%; Ciro Gomes, 22,8%; Dilma Rousseff, 5,7% e 41,6% sem candidato.

10,8% dos entrevistados disseram que votariam apenas no candidato apoiado por Lula. Já 27, 3% afirmaram que não votariam no candidato apoiado pelo presidente. Quanto à reeleição de presidente, governadores e prefeitos, 57,4% dos entrevistados se disseram favoráveis. 45,7% ainda afirmaram que a reeleição deve valer por um mandato apenas.

“A instituição da reeleição deve ser mantida nos moldes atuais, sem mudanças de regras que poderiam suscitar problemas de legitimidade”, defende Clésio Andrade. Mais da metade dos entrevistados (58,9%) disse que o voto deveria ser facultativo. 38,4% acham que o voto deve continuar obrigatório.

Outras questões

Em meio à crise no Senado, a pesquisa resolveu perguntar se o brasileiro é favorável ao atual sistema bicameral (Câmara e Senado). 25,8% acham que o sistema deve continuar como está. Mas 23,3% querem a extinção do Senado. 19,2% dos entrevistados preferem a extinção da Câmara e 12,6% defende a extinção de ambos. 

Já o debate sobre fidelidade partidária resultou nos seguintes números: 48,7% dos entrevistados disseram que o mandato pertence ao candidato e 38,3% que pertence ao partido. No entanto, 54,2% concordam com a decisão da “fidelidade partidária” aprovada pelo Supremo Tribunal Federal. 30,7% das pessoas não concordaram. (Camilla Shinoda)