Depois de tentarem emplacar votação secreta, aliados do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) tentam agora adiar a votação do relatório que pede sua cassação por quebra de ética e decoro parlamentar. Antes mesmo do término da leitura dos textos, os senadores peemedebistas Wellington Salgado (MG) e Gilvam Borges (AP) pediram vista do texto.
A argumentação da oposição, até agora acatada pelo presidente do Conselho, foi de que o pedido de vista só pode ser feito do processo inteiro – e não apenas do relatório. Além disso, isso deveria ser feito depois da argumentação do advogado de Renan.
O defensor do presidente do Senado, Eduardo Ferrão, disse que seu cliente sofreu um "massacre". Ele disse que não ficou provado que Renan usou dinheiro da empreiteira Mendes Júnior para pagar despesas pessoais. Também disse que o presidente da Casa não pode ser cassado por conta de sua amizade com Cláudio Gontijo, pois ele é apenas um funcionário da construtora e não um criminoso.
Às 15h10 de hoje (30), a relatora Marisa Serrano (PSDB-MS) ainda terminava de ler seu relatório, feito em conjunto com o senador Renato Casagrande (PSB-ES). Almeida Lima (PMDB-SE) leu um voto em separado pouco antes da fala do advogado Eduardo Ferrão.