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Falso padre enganou deputados

Congresso em Foco

2/8/2007 | Atualizado às 20:50

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Eduardo Militão

Os estelionatos assombram a Câmara. No ano passado, a Casa foi vítima de uma quadrilha que fraudava documentos para obter empréstimos consignados em nome de servidores, agora são os cheques e cartões clonados que rondam o Legislativo.

Até falsos padres dão golpes em deputados e servidores. Em maio deste ano, veio do Ceará um suposto pároco de Viçosa. De acordo com o delegado de Polícia da Câmara, Gilmar Araújo, ele procurou diversos parlamentares pedindo ajuda, principalmente os da bancada cearense.

Trajado com batina, colar e crucifixo, o rapaz entrava nos gabinetes com o discurso pronto. Sua paróquia havia recebido uma doação da Alemanha, um carro de R$ 30 mil. Mas não havia dinheiro que pagasse o frete para o veículo chegar até o interior do Ceará. “Ele então pedia R$ 500. Chegou a ganhar R$ 200 de um, R$ 100 de outro, e algumas passagens aéreas. E sempre rezava antes de sair do gabinete”, conta Araújo.

O falso padre procurou pelo menos cinco deputados. O Departamento de Polícia Legislativa (Depol) não conseguiu prendê-lo em flagrante, mas espalhou cartazes pela Casa para avisar os servidores. Quando o suposto pároco foi à Câmara pela última vez, foi interrogado pelos policiais. “Ele confessou que sua intenção era só ganhar dinheiro. Disse que conseguiu a batina porque tentou mesmo entrar para a igreja”, explicou o delegado.

Segundo Gilmar Araújo, o rapaz já respondia a inquéritos por furto e estelionato no Ceará. Após o interrogatório, foi indiciado e, agora, é processado pela Justiça do Distrito Federal. Se deixar a capital, pode ser preso preventivamente.

Milhas roubadas

Deputados também foram vítimas das quadrilhas especializadas em roubar milhas de companhias aéreas. Segundo Araújo, foram cerca de dez ocorrências neste ano. Por telefone, o golpista simula ser funcionário da Varig e, com astúcia, consegue obter a senha do parlamentar. “Depois ele muda a senha e vende as milhas para outras pessoas. Tem gente que perdeu 140 mil milhas”, conta o delegado.

Apesar disso, o caso é investigado pela Polícia Federal, porque envolve uma quadrilha interestadual que age fora do Congresso. O Depol também não formalizou inquérito para a simulação de seqüestro sofrida pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que, assustada, teve de ser atendida por médicos no início deste ano. A deputada não caiu no golpe. “Ali não houve a consumação do ato, mas fizemos uma campanha informativa para prevenir isso”, justifica Araújo.

Cheques clonados

O nome de servidores da Câmara está em diversos cheques clonados que, vez por outra, são trazidos às agências da Casa para serem trocados. O procedimento padrão do golpista é comprar algum produto na praça com o cheque de valor maior e pedir o troco para o vendedor.

Uma situação curiosa chamou a atenção de Araújo. Uma garota de programa foi descontar um cheque de R$ 50 na agência do Banco do Brasil da Câmara, quando descobriu ter sido vítima de golpe. A moça entrega panfletos nos arredores do Congresso e disse ter recebido o cheque, que estava em nome de um servidor da Câmara, após ter feito um programa no Setor Comercial Sul. A conta não batia com o nome informado no cheque e era, na verdade, de uma agência do Rio de Janeiro.

Indignada, a moça procurou o servidor, que nada sabia sobre o golpe e prestou queixa na delegacia Legislativa. À polícia, a moça contou que fez o programa para tentar comprar um par de botas e que o golpista havia dito que tinha um cheque de um terceiro que era servidor da Câmara. Ela aceitou.

Os agentes identificaram o golpista, que confessou o crime e ainda revelou ter pago R$ 20, em duas parcelas de R$ 10 cada, para obter a folha de cheque falsa. O golpista e o vendedor do cheque clonado foram presos em flagrante.

O mesmo destino teve um homem que, na mesma agência do Banco do Brasil, tentou sacar, na boca do caixa, R$ 270 com um cartão clonado no início deste ano. O funcionário do banco chamou a polícia da Casa, porque desconfiou quando percebeu que o nome no cartão não batia com a conta informada e nem com os documentos do golpista.

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