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Congresso em Foco
26/7/2007 | Atualizado às 18:23
Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo da Câmara, o brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), disse hoje (26) que a Aeronáutica não deve criar obstáculos para que a CPI tenha acesso aos dados das caixas-pretas do Airbus da TAM que explodiu no aeroporto de Congonhas na semana passada.
O acidente, considerado o maior da história da aviação brasileira, provocou a morte de cerca de 200 pessoas.
O militar ressaltou que vê a comissão parlamentar como aliada ao trabalho do Cenipa, contudo pediu aos parlamentares para que tenham cuidado com as informações sigilosas.
Jorge Kersul afirmou que apesar tratados internacionais impedirem a divulgação de informações sobre acidentes aéreos, a legislação brasileira, “que está acima de qualquer legislação”, permite que a CPI tenha acesso ao conteúdo.
"A principio, nós não liberaríamos essas informações porque a legislação sobre investigação assim o prevê. Mas a legislação do país está acima de qualquer legislação. A legislação prevê que a CPI pode ter acesso. Assim que a CPI necessitar de informações, estaremos à disposição", afirmou.
O brigadeiro voltou a defender investigações independentes sobre as causas da tragédia de Congonhas: uma feita pela Polícia Federal e outra pela Aeronáutica (que apontará apenas as causas que contribuíram para o acidente).
Jorge Kersul alertou os parlamentares que qualquer avaliação a respeito da tragédia em Congonhas é prematura, tendo em vista que a análise das informações das caixas-pretas leva em conta uma série de variáveis. O tempo mínimo estipulado pelo brigadeiro para o término das investigações é dez meses.
"Não é adequado darmos muita atenção a um determinado fator, uma determinada velocidade ou ao que o piloto disse num determinado momento. Temos que juntar os dados do que a tripulação estava falando e como a aeronave estava reagindo", disse.
Mau presságio
Durante seu depoimento à CPI, a placa indicativa com o nome do brigadeiro Jorge Kersul Filho caiu no chão. Então, o militar comentou que esperava que o ocorrido não fosse um "mau presságio".
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente em exercício da CPI, brincou ao afirmar que a queda era de apenas uma placa e não de um avião. O brigadeiro então declarou: "confesso que não pensei num avião, pensei na minha função".
Após o depoimento
Após prestar depoimento à CPI, o brigadeiro Jorge Kersul Filho disse a jornalistas, sem especificar órgãos responsáveis, que "quando um avião cai, significa incompetência de muita gente". (Rodolfo Torres)
(Matéria atualizada às 18h 22)
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