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Congresso em Foco
3/7/2009 16:02
Mário Coelho
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), entregou duas declarações de bens diferentes ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas candidaturas de eleições de 1998 e 2006. As informações, que constam no banco de dados do tribunal, contradizem a nota oficial divulgada pela Secretaria de Imprensa da presidência nesta sexta-feira (3), que atribuiu a um "equívoco de contador" a não declaração de uma casa avaliada em R$ 4 milhões em Brasília.
A atribuição de culpa não resiste à simples comparação das duas declarações. De acordo com informações da Justiça Eleitoral, em 1998 Sarney possuía bens como uma casa residencial na Rua 1º de Março em São Luís (MA), outro imóvel na Rua dos Guarulhos, também na capital maranhense, um bote motorizado - avaliado por R$ 12.246,00 em 1997, uma propriedade rural em Luziânia e ações do Banco do Brasil.
Já na declaração de 2006, são novidades um sobrado na Rua José Eusébio, em São Luís, três terrenos em Santo Amaro (MA), cadernetas de poupança no Banco do Brasil e no HSBC, fundos de investimento nos bancos Safra e Bradesco, além de créditos e R$ 297 mil em espécie. Em nenhuma das duas declarações de bens consta o registro da casa na Península dos Ministros, área nobre dentro do Lago Sul, um dos bairros mais caros da capital do país.
Além disso, os valores também foram atualizados por assessores de Sarney. Em 1998, ele declarou o valor total de R$ 2.296.020. Oito anos depois, o número teve um reajuste de quase 100%, passando para R$ 4.632.263,45.
O jornal O Estado de S. Paulo afirmou hoje que Sarney ocultou da Justiça Eleitoral a propriedade da casa avaliada em R$ 4 milhões onde mora, na Península dos Ministros, área mais nobre do Lago Sul de Brasília. De acordo com documentos de cartório, o parlamentar comprou a casa do banqueiro Joseph Safra em 1997 por meio de um contrato de gaveta.
O Congresso em Foco buscou a assessoria de Sarney para explicar a diferença nas declarações e a afirmação da nota oficial divulgada no início da tarde. Em uma nova nota, a Secretaria de Imprensa afirmou que o erro foi a omissão da casa e "não a repetição da lista de bens de 1998". Segundo a nota, a propriedade não foi incluída "por esquecimento, depois de feita a atualização patrimonial". A nota ressalta que a casa está nas declarações do senador à Receita Federal desde 1999.
Veja a nova nota de Sarney:
Nota à imprensa
Esta Nota corrige equívoco anteriormente divulgado. O erro cometido na declaração de bens do senador José Sarney à Justiça Eleitoral em 2006 não foi, como afirmado, a repetição da lista de bens de 1998, mas a omissão da casa, por esquecimento, depois de feita a atualização patrimonial. O fato é que a propriedade está informada à Receita Federal e ao TCU desde 1999, conforme certidão anexada à primeira nota.
Secretaria de Imprensa
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