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Tuma cancela viagem, mas quer acareação no caso Olavo

Congresso em Foco

10/3/2009 | Atualizado às 17:52

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O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), vai propor a realização de uma acareação entre os presos Carlos Leonor de Macedo e João Ferreira Lima, suspeitos de terem assassinado o senador Olavo Pires (PTB-RO), em outubro de 1990. Os dois negam envolvimento com o crime, mas apresentam versões divergentes sobre o assunto.

Desde o dia 18, Tuma promete acompanhar as investigações do caso, reaberto após João Ferreira – preso pela Polícia Civil de Minas Gerais, acusado de participar de uma das maiores quadrilhas de roubo a banco e carro-forte do país – assumir a autoria dos 14 disparos que mataram o senador. No dia seguinte, porém, o preso voltou atrás em seu depoimento. Disse ter recusado um convite, na época, para acompanhar a execução de Olavo (leia mais). 

De lá pra cá, o senador anunciou duas vezes que se deslocaria até os presos em busca de informações. Há três semanas, Tuma disse que iria logo após o Carnaval até a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), onde está João Ferreira. Não foi.

Na semana passada, o corregedor afirmou que iria até o Pará ainda na quinta-feira (5) se inteirar do depoimento de Carlos Leonor, o Perneta, apontado pela família do senador e pela extinta CPI da Pistolagem, concluída em 1994 na Câmara, como o homem que executou Olavo Pires. Mais uma vez, o senador não foi.

Principal suspeito

Carlos Leonor foi preso em flagrante no último dia 27, em Santarém (PA), por porte ilegal de armas. Os policiais encontraram com ele duas pistolas 9 milímetros (leia mais). Em três horas de depoimento, ele negou envolvimento com o assassinato. Mas suas negativas não convenceram o delegado que responde pelo caso Olavo Pires, Márcio Mendes Moraes. "Ao negar absolutamente tudo, ele contradisse depoimentos anteriores", disse o delegado.

"Temos de botar os dois frente a frente", defendeu Tuma. O senador alega que adiou a visita para levantar informações sobre as investigações, que se arrastam sem conclusão há 18 anos e quatro meses. “Estou juntando tudo para definir o que fazer”, afirmou o senador ao Congresso em Foco.

O corregedor diz não ter previsão de quando irá a Belém, para onde deve ser transferido Carlos Leonor, porque sua agenda está cheia de compromissos oficiais. Nesta semana o senador pretende acompanhar a CPI da Pedofilia em Catanduva (SP) e apurar, em Recife, a denúncia do peemedebista Jarbas Vasconcelos (PE) de que seria vítima de um esquema de escuta clandestina armado por desafetos políticos.

Indiciamento para evitar prescrição

No caso há menos de três semanas, o titular da Delegacia de Homicídios de Porto Velho, Márcio Mendes Moraes, diz ter encontrado indícios da participação da dupla no crime, ocorrido em 16 de outubro de 1990. “Entendo que já há elementos para uma eventual denúncia por parte do Ministério Público”, afirma Márcio.
 
O indiciamento dos suspeitos é a primeira medida concreta para evitar que a execução do senador – morto com 14 tiros em frente à sede de sua empresa em Rondônia – aumente as estatísticas da impunidade no Brasil.

Caso a Justiça não receba a eventual denúncia do Ministério Público estadual, o Estado brasileiro perderá o direito de punir os culpados mesmo que eles confessem o crime a partir do dia 17 de outubro de 2010. Nessa data, o assassinato completará 20 anos.

Correndo contra o calendário para impedir a prescrição, o delegado considera mínima a chance de os mandantes do crime serem identificados e julgados. “Isso é quase impossível. Se focarmos na busca do mandante agora, esse crime prescreverá. Temos de ser realistas, e não criar falsas expectativas, sobretudo na família da vítima”, considera. “Não temos absolutamente nada em relação a mandantes”, acrescenta.

Na semana passada, o Congresso em Foco publicou uma série de reportagens intitulada O assassinato do senador Olavo. Ao longo de quatro dias, o site mostrou como o assassinato do senador, que disputava o governo de Rondônia, foi negligenciado pelo Senado e pelas autoridades policiais a ponto de caminhar para a prescrição. Na época do crime, Romeu Tuma era diretor-geral da PF. (Edson Sardinha)

Confira a série:

O assassinato do senador Olavo – capítulo 1

O assassinato do senador Olavo – capítulo 2

O assassinato do senador Olavo – capítulo 3

O assassinato do senador Olavo – último capítulo
 

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