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Congresso em Foco
10/3/2009 | Atualizado às 19:02
A Câmara aprovou hoje (10) a prorrogação das atividades da CPI dos Grampos, cujo encerramento estava previsto para o próximo dia 15. Com a prorrogação, os deputados querem aprofundar as investigações sobre o delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal.
Segundo a revista Veja desta semana, inquérito da própria PF acusa Protógenes de ter investigado sem autorização judicial a vida de personalidades políticas, tanto do governo quanto da oposição (leia mais). Os autos da Satiagraha só chegaram na última quinta-feira (5) à CPI, que reivindicava o acesso a esses documentos para poder concluir suas apurações.
Indiciamentos
Na semana passada, Nelson Pellegrino apresentou seu relatório à CPI. Na ocasião, o relator não pediu o indiciamento de Protógenes alegando falta de provas. Com a análise dos documentos enviados pela Justiça na quinta-feira, o deputado disse que existe a possibilidade de modificar seu parecer.
A Satiagraha foi deflagrada em julho de 2008, e culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, entre outros. A operação apontou um gigantesco esquema de corrupção e lavagem de dinheiro e virou alvo de denúncias de abuso de poder.
A Corregedoria da Polícia Federal investiga Protógenes por suposta quebra de sigilo funcional, monitoramento clandestino de políticos e autoridades e uso de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas investigações contra o dono do banco Opportunity.
Depoimentos
Com a prorrogação da CPI, os parlamentares da comissão devem se reunir amanhã (11) para redefinir um roteiro de atuação. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) se adiantou e, já na tarde de hoje, entregou requerimentos em que pede a convocação de diversas autoridades, como Protógenes Queiroz e o ex-diretor-geral da Abin Paulo Lacerda.
O relator da CPI, Nelson Pellegrino, disse que estuda a possibilidade de enviar parlamentares a São Paulo para conversar com o juiz responsável pela Operação Chacal. A CPI também quer ter acesso aos autos dessa investigação.
Os deputados querem que a CPI investigue o vazamento de informações sigilosas à imprensa. “Nós precisamos apurar esses fatos. Quero saber o que dizem os autos sobre o Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente da República), o Serra (José Serra, governador de São Paulo), e porque pessoas do governo foram investigadas, como a ministra Dilma Rousseff e José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil)”, defendeu o tucano Gustavo Fruet (PR). (Daniela Lima)
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