O presidente da Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT-SP), descartou a possibilidade de os deputados votarem um aumento salarial para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A remuneração mensal deles passaria de R$ 24.500 para R$ 25.725. A proposta foi debatida na reunião de hoje (27) do Colégio de Líderes da Casa.
Segundo Chinaglia, não há consenso entre os líderes para a votação dessa matéria, apesar de ser a quarta vez que ela é discutida com os líderes por conta de um pedido do presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes. “Eu coloquei a proposta em pauta em várias reuniões. Na reunião do colégio de líderes, não foi uma unanimidade”, afirmou ele, no final da tarde desta quarta-feira (27).
No entanto, o presidente da Câmara não descartou que o assunto venha a ser analisado mais à frente pelos deputados.
Chinaglia disse que hoje os líderes partidários concordaram com a remuneração dos cargos ocupados pelos membros do Conselho Nacional do Ministério Público, a exemplo do que já acontece com o Conselho Nacional de Justiça. O pedido de remuneração foi feito pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza.
A fila andou
Chinaglia, que havia conversado com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse crer que a proposta do governo para a reforma política é importante. Mas destacou que o assunto já foi debatido exaustivamente pela Casa no ano passado e que há outras matérias prioritárias na pauta.
“Aquilo custou tempo, esforço e muita tensão. A fila andou”, ironizou o presidente da Câmara. As prioridades da semana que vem são analisar duas medidas provisórias, o projeto de lei que cria o fundo soberano, a reforma tributária e mais oito matérias.
No final da tarde desta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi conversar com Chinaglia sobre a criação do fundo soberano. A reunião ainda não acabou. (Eduardo Militão)