O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, considerou insustentável o reajuste dos aposentados atrelado ao do salário mínimo, conforme o
Senado aprovou na semana passada. “Isso não é responsável do ponto de vista fiscal e não é justo com o salário mínimo”, afirmou ele, na noite de hoje (14), em encontro de prefeitos do PT, no Hotel Nacional, em Brasília.
O Projeto de Lei Complementar 42/03 foi aprovado para garantir os aumentos do salário mínimo até 2023 atrelados ao Produto Interno Bruto (PIB), mas uma emenda do senador
Paulo Paim (PT-RS) estendeu o benefício aos aposentados, mesmo aqueles que não ganham apenas o salário mínimo. Nos últimos anos, o mínimo tem recebido aumentos sempre acima da inflação.
Para Bernardo, a aprovação do projeto anula a política de ganhos do salário mínimo. O raciocínio do governo é que aumento nenhum será dado para não mexer no já delicado orçamento da Previdência Social.
Presente ao encontro, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), disse que a base aliada na Casa vai procurar alternativas para o projeto. Mas ele destacou que isso vai demorar algumas semanas, porque a pauta da Câmara está trancada por 11 medidas provisórias. (Rodolfo Torres)
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