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Usineiros dizem que procuram parlamentares conhecidos

Congresso em Foco

14/3/2008 | Atualizado 17/3/2008 às 11:55

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Assim como os parlamentares, os usineiros não vêem nenhum tipo de “toma-lá-dá-cá” no fato de mais da metade dos congressistas que os beneficiaram ao fazer emendas à MP 413 ter tido suas campanhas financiadas pelo setor sucroalcooleiro. Ao contrário, dizem que esses deputados e senadores são aqueles que “aceitam a tese” dos empresários.

O setor destinou mais de R$ 1 milhão às campanhas de deputados que fizeram emendas para tentar derrubar um aumento na carga tributária dos usineiros, previsto na MP 413.

“Como você reage a uma medida provisória no Congresso? Você vai buscar deputados e senadores que aceitem a sua tese”, diz o diretor-técnico da União da Indústria de Cana e Açúcar (Única), Antônio Pádua Rodrigues. A procura de parlamentares seguiria, então, o critério do melhor relacionamento entre os empresários e os congressistas.

Ele conta que algumas emendas foram de iniciativa de deputados e outras foram feitas “em conjunto”. Segundo Pádua, o Fórum Nacional Sucroalcooleiro encaminhou alguns textos para os parlamentares. Por isso, algumas emendas são idênticas. O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) acrescenta, porém, que um advogado da Única também lhe ofereceu um texto para uma emenda, sobre a abertura do mercado dos dutos de álcool.

Em comunicado, o Sindicato das Indústrias de Fabricação do Álcool da Paraíba (Sindálcool) diz que os deputados Rômulo Gouveia (PSDB-PB) e Wilson Santiago (PMDB-PB) atenderam às reivindicações da entidade para tentar mudar a MP por meio de emendas. Mas o presidente da entidade, Edmundo Barbosa, nega troca de favores. “Esses dois deputados não receberam doações do setor sucroalcooleiro; não houve esse tipo de, vamos dizer, gentileza deles”, reforça o presidente do sindicato.

Segundo ele, há um “lobby poderosíssimo” do Sindicom [sindicato das distribuidoras] para que a Medida Provisória 413 seja aprovada como está.

Conveniência para "heróis"

O vice-presidente executivo do Sindicom, Alísio Mendes Vaz, rejeita o lobby. “Qual é o lobby mais forte, o das usinas ou o das distribuidoras? Quem foi que o presidente chamou de heróis”, ironiza, ao lembrar a frase do presidente Lula que classificou os produtores de álcool como “heróis nacionais”.

Mendes Vaz diz que foi a Brasília na quarta-feira passada (12), dia de votação do Orçamento, quando o Congresso estava lotado, para “contar a história toda” a parlamentares e convencê-los a não aprovarem as emendas que alteram a MP.

Para o deputado Paulo Maluf (PP-SP), as argumentações do diretor do Sindicom não vão fazer nenhuma diferença na votação. Ele adianta que não mudará em nada sua proposta que abre a possibilidade para os produtores de álcool venderem diretamente para os postos de combustível, sem a intermediação dos distribuidores. “Eu não retiro minhas emendas”, enfatiza.

O vice-presidente do Sindicom vê com naturalidade o financiamento das campanhas de deputados que buscam os interesses dos produtores de álcool. “Acho normal, ao mesmo tempo, é importante entender o porquê dessas emendas”, diz Mendes Vaz.

Numa crítica aos usineiros, ele relembra que a Medida Provisória 413 não foi patrocinada por deputados federais ligados às distribuidoras, mas pela Receita Federal. A justificativa à MP é assinada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE), Adriano Pires, destaca a forma como acontece o jogo político. “É assim mesmo que funciona”, comenta. Apesar dos interesses em disputa, o especialista espera que, ao final dos debates, prevaleçam os melhores resultados para os consumidores.

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