Entre 2003 e 2007, Câmara e Senado gastaram R$ 6,4 milhões para possibilitar os trabalhos de 21 Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), de acordo com levantamento feito pelo portal G1. A pesquisa destaca que, em média, são gastos R$ 305 mil por cada CPI e que a maior parte das despesas se concentra em passagens aéreas.
Das 21 comissões realizadas entre o começo da última legislatura até agora, a CPI mais cara foi a dos Correios, que acabou por revelar o esquema do mensalão. Em quase um ano de funcionamento, a CPI gastou R$ 3,8 milhões.
Em entrevista ao G1, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que foi presidente da CPI dos Correios, argumentou que, apesar de cara, o custo da comissão foi justificado por seus resultados. “Hoje, os contratos de publicidade mudaram, temos leilão eletrônico nos Correios. O custo valeu a pena”, disse o senador.
A CPI mais barata no período foi a dos Combustíveis, que teve seis meses de duração e custou R$ 7,5 mil.
Este ano foram abertas três CPIs. Duas delas tratam da crise do setor aéreo e gastaram, juntas, até agora, R$ 114,3 mil. A CPI do Sistema Carcerário, instalada no final de agosto, ainda não teve gastos registrados por não ter começado a funcionar efetivamente.
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