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Congresso em Foco
6/6/2007 | Atualizado 7/6/2007 às 7:34
Parlamentares do Psol acabam de entregar aos membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado uma carta aberta em que se dizem "preocupados" com o "tom de pré-julgamento" com que o corregedor da Casa, senador Romeu Tuma (DEM-SP), tem tratado as denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
No documento, assinado pelo senador José Nery (PA) e pelos deputados Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Luciana Genro (RS), o partido também se queixa de que o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), tem sido parcial.
"O Psol entende que um certo tipo de 'proteção' desprotege o parlamento e macula a absoluta transparência da qual ele deve ser fiador. O Psol vê no exacerbado 'espírito de porco' de alguns parlamentares um fator de agravamento da descrença do corpo social brasileiro nos valores democráticos", avalia a carta. (Carol Ferrare e Lúcio Lambranho)
Leia abaixo a íntegra da carta entregue pelo Psol aos membros do Conselho de Ética:
Brasília, 6 de junho de 2007
Senhores senadores conselheiros,
O Psol, autor da representação que solicita investigação por possível quebra de decoro parlamentar por parte do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), manifesta aberta preocupação com os seguintes fatos:
1. O corregedor da casa, senador Romeu Tuma, declarou, em tom de pré-julgamento, a propósito de documentos que o senador Renan lhe enviou: "Não quero condená-lo e sim absolvê-lo". Tem reiterado, porém, que não aceitará novas funções no caso, o que é positivo, esperamos que isso se cumpra;
2. O presidente do Conselho de Ética, senador Sibá Machado (PT-AC), descuidando-se da necessária neutralidade, afirma que "o grosso das denúncias estão sendo respondidas" sem que ninguém – nem mesmo senadores, e muito menos a população que buscamos representar – conheça a íntegra dos argumentos e provas da defesa do representado;
3. Pontos centrais de nossa representação, que não se restringe ao questionamento da origem dos recursos para pagamentos pessoais do senador (estranhamente feito por um lobista de empreiteira), estão sendo relegados a um segundo plano, como as relações do senador com Zuleido Veras e a empreiteira Gautama e as denúncias de colocação de imóveis em nome de terceiros, além de ganhos surpreendentes com venda de gado.
O Psol entende que um certo tipo de "proteção" desprotege o parlamento e macula a absoluta transparência da qual ele deve ser fiador. O Psol vê no exacerbado "espírito de porco" de alguns parlamentares um fator de agravamento da descrença do corpo social brasileiro nos valores democráticos. E sustenta que sua representação – que não é condenação, mas exigência de investigação –, fundada no artigo 55 da Constituição Federal, precisa prosperar, com esclarecimentos públicos e oitivas de todas as partes.
Senador José Nery (PA), deputado Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Luciana Genro (RS)
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