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Congresso em Foco
5/6/2007 | Atualizado às 21:20
O relator da CPI do Apagão Aéreo da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) irá solicitar ao presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que sejam tomadas providências quanto à dificuldade que a comissão está enfrentando para conseguir, de maneira oficial, os documentos da investigação sobre o acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy.
"Esse é um problema grave. Na primeira votação de requerimentos pedimos a degravação dessa caixa-preta e os documentos chegaram de forma extraoficial e não chegaram de forma oficial. Não vou afirmar que está havendo obstrução aos trabalhos da CPI, mas que existe alguma coisa dificultando que esses documentos cheguem, existem", disse o relator.
Hoje, durante a audiência pública da CPI, o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) apresentou o que seria a degravação da caixa-preta do jato Legacy, documento solicitado anteriormente pela CPI e que não foi enviado à comissão pela Justiça Federal.
Depoimento
Para o relator, o depoimento do presidente da Embraer acabou não acrescentando muito às investigações, mas ele confessou que já não tinha mesmo muita expectativa quanto a isso.
"Quero confessar que não tinha expectativa tão grande [quanto ao depoimento do presidente da Embraer], mas me surpreendi com a presença do funcionário que será interrogado amanhã (6) aqui. E estranhei mais ainda o presidente dizer que não o conhecia e que não sabia que ele estava presente",afirmou Marco Maia.
Na opinião de Maia, "o mais forte do depoimento foi a informação de que o transponder não poderia ser desligado de maneira involuntária".
O deputado Vic Pires, que analisou toda a degravação da fita, disse não descartou a responsabilidade de funcionários da Embraer no episódio, mas preferiu não fazer juizo de valor quanto a isso. "Foi uma somatória de erros. Uma irresponsabilidade dos pilotos. A gente só não ainda sabe qual a responsabilidade dos funcionários da Embraer", afirmou.
Para o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, fabricante do Legacy, uma vez que o equipamento estava funcionando, a responsabilidade cabia aos comandantes da aeronave. "O piloto e o co-piloto são responsáveis pela condução da aeronave. Não há qualquer possibilidade de associação de empregados da Embraer com os pilotos da cabine", argumentou. (Soraia Costa)
Caixa-preta compromete funcionário da Embraer
Trechos da transcrição da caixa-preta do jato Legacy, aeronave envolvida no acidente com o avião da Gol, revelam diálogos entre um funcionário da Embraer que estava a bordo e os pilotos norte-americanos Joe Lepore e Jean Paul Paladino.
A informação, levada à CPI do Apagão Aéreo pelo deputado Vic Pires Franco (DEM-PA), desmentiu o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, que informou que o funcionário identificado até agora como Henry havia passado a maior parte do tempo junto aos demais passageiros, sem muito contato com os pilotos do Legacy.
Em um dos trechos lidos pelo deputado do DEM, os pilotos informam que pretendiam aumentar o tempo de permanência no Rio, mas que estavam preocupados com problemas com seus vistos. “Nós manipularemos a data da compra”, teria dito o funcionário da Embraer, indicando uma maneira de facilitar que os pilotos ficassem mais tempo no Rio de Janeiro.
"O Henry, que é o funcionário da Embraer, estava pilotando mais que os comandantes. Ele ficou bem mais que os dez minutos que o senhor disse que ele deve ter passsado na cabine", disse Vic Pires Franco ao presidente da Embraer. Em resposta, Curado afirmou que não teve acesso ao conteúdo integral da caixa-preta, mas garantiu que a empresa estava colaborando em tudo com as investigações e que não faria nenhuma restrição para que Henry prestasse depoimento à CPI.
Ao ser provocado pelo deputado Efraim Filho (DEM-PB), que disse ter havido "omissão de um funcionário da Embraer, o que caracterizava crime", então que a empresa deveria dar uma resposta oficial sobre o caso.
"Eu sou obrigado a discordar com relação à omissão da empresa. Nós estivemos presentes a todos os depoimentos e a empresa está absolutamente aberta ao diálogo e a prestar esclarecimentos. Todos os que tinham que ser ouvidos, foram ouvidos pela Justiça Federal. E o fato do presidente da empresa não estar a par de toda a investigação é absolutamente normal", garantiu Frederico Curado.
Tumulto
A informação de que o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) conseguiu uma cópia da transcrição da caixa-preta do jato Legacy causou bate boca entre os integrantes da CPI do Apagão Aéreo. O deputado José Carlos Araújo (PR-BA) interpelou o deputado do Pará e quis saber por que os democratas estão com acesso privilegiado às informações sobre o acidente aéreo.
Ontem, o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), disse com base nessas informações que os dados incriminam os pilotos norte-americanos do jato executivo (leia mais). (Soraia Costa)
Leia abaixo outros trechos do diálogo entre os pilotos do jato ditos em diferentes momentos do vôo, mas todos em momentos anteriores ao do acidente:
Piloto: Veja minha velocidade e não me deixe ir tão rápido.
Copiloto: Pode deixar.
Copiloto: Quer desligar isso (supostamente o transponder) ou quer deixar ligado.
Piloto: Pode desligar, eu acho.
Copiloto: Eu só vou virar à direita e voltar à rota. Vamos um pouquinho nesta direção.
Piloto: Estou com medo de brincar com essa coisa. Estou com medo.
Presidente da Embraer descarta falha do transponder
O presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, descartou, na CPI do Apagão Aéreo da Câmara, a possibilidade de o acidente com o avião da Gol ter sido causado por uma falha no transponder (equipamento anticolisão).
Os advogados dos pilotos do jato Legacy, que se chocou com a aeronave brasileira, alegam que a empresa fabricante do transponder, a Honneywell, já havia feito o recall de aparelhos semelhantes ao usado no Legacy e que o desastre poderia ter sido provocado por uma falha no equipamento.
Curado, no entanto, disse que "o transponder era novo, funcionava perfeitamente e nunca teve pedido para ser reparado". De fato, o transponder do Legacy não estava na lista dos aparelhos convocados pelo fabricante para a verificação de falhas.
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