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Congresso em Foco
25/5/2007 | Atualizado às 18:17
O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que prefere não acreditar que as denúncias contra o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), sejam verdade.
"Nesse momento eu prefiro crer que aquilo não é verdade", disse referindo-se às informações publicadas hoje na revista Veja (leia mais). "Até porque não há nenhum elemento para quem não conhece os fatos fazer qualquer tipo de avaliação, menos ainda fazer um julgamento antecipado", completou Chinaglia, acrescentando que "esse é um problema que cabe a quem escreveu a matéria e a quem foi citado".
Pela manhã, o presidente da Câmara já havia dito que caberia a Renan dar uma explicação à sociedade (leia mais).
A reportagem, publicada hoje pela revista, revelou os fortes laços de amizade entre Renan e Cláudio Gontijo, lobista da empreiteira Mendes Júnior. De acordo com a reportagem, todos os meses, entre janeiro de 2004 e dezembro do ano passado, Gontijo entregava um envelope com R$ 16,5 mil à jornalista Mônica Veloso, mãe da filha de três anos do presidente do Congresso.
Deste montante, R$ 12 mil seriam para o pagamento de pensão alimentícia e os outros R$ 4,5 mil para o aluguel do apartamento onde mora a jornalista.
Apesar de não ter feito nenhum pronunciamento oficial sobre o assunto, Renan disse à revista que o dinheiro era seu e que nada tinha a ver com a empreiteira. Em carta divulgada hoje, a Mendes Júnior confirmou a explicação do senador, dizendo que este é um assunto pessoal de Cláudio Gontijo e que não guarda relações com sua atividade profissional (leia mais).
Até o momento, todos os senadores que falaram sobre o assunto no Senado Federal foram cautelosos e preferiram não antecipar quais serão as conseqüências da divulgação das informações até que o presidente do Congresso apresente suas explicações. Na próxima semana a bancada do PMDB e o Conselho de Ética farão reunião para falar sobre o assunto.
Deputados
O Congresso em Foco conversou com alguns deputados sobre a reportagem da revista Veja. O líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC), afirmou que as denúncias são graves e reforça a tese de uma CPI para investigar a máfia das obras públicas e seus tentáculos.
“As relações de empreiteiras, como a Gautama, com o governo de Alagoas, fez que o Renan desse várias explicações esta semana”, declarou Coruja. “Evidente que há denúncias infundadas, mas todas elas precisam ser apuradas. Se for verdade, essa é uma notícia muito grave e que traz estragos de enormes proporções para o país”.
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) também a considerou grave, e lembrou que a situação do presidente do Senado, que já enfrenta um momento difícil por causa de sua relação com a Gautama, fique ainda mais delicada. “Temos que esperar uma resposta do próprio Renan e do Senado”, declarou. Para Gabeira, se comprovadas as denúncias, Renan Calheiros deve renunciar ao cargo.
O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, não quis comentar a matéria. Ele afirmou que ainda não tinha lido a reportagem, apenas viu “alguma coisa na internet”. Os líderes do PDT, Miro Teixeira (RJ), e dos Democratas, Onyx Lorenzoni (RS), também não comentaram as denúncias, alegando o mesmo motivo de Henrique Eduardo Alves. (Soraia Costa e Lucas Ferraz)
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