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Congresso em Foco
23/3/2007 | Atualizado 24/3/2007 às 5:26
Um presidente Lula bem-humorado e brincalhão empossou há pouco no Palácio do Planalto os ministros Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), Marta Suplicy (Turismo) e Reinhold Stephanes (Agricultura). Recorrendo a brincadeiras e metáforas, Lula justificou suas escolhas, a demora da reforma ministerial e rasgou elogios aos novos auxiliares.
O presidente disse que nem precisava alterar a composição do ministério, mas que a fez para consolidar a coalizão governista. "Quando tomei posse, disse, para estranheza de muita gente, que não precisava mudar ministério, porque tinha acabado de ganhar a eleição. Tinha ganho o jogo, como fez o Internacional, que, depois de ganhar o Mundial de Clubes, não precisava mudar jogadores", afirmou Lula.
Segundo ele, a demora na definição dos novos auxiliares se deu por causa das articulações políticas. "Depois das eleições, estabelecemos uma nova dinâmica para estabelecer a coalizão política, que não fosse apenas o imediatismo para sustentação da governabilidade, o imediatismo para aprovação de projeto de lei de interesse do governo", disse.
Nenhum dos três novos ministros empossados vai ocupar alguma pasta da área econômica, mas esse foi o assunto inicial do discurso do presidente. Lula insistiu que, na área econômica, “poucas vezes em sua história o país esteve em uma situação tão privilegiada como agora”.
Além da economia – Lula voltou a lembrar das dificuldades do início do governo, em 2003 – o presidente citou mais uma vez a importância da coalizão política. “Começamos a construir uma coalizão política para que pudéssemos mostrar ao Brasil que é possível fazer política com P maiúsculo, que é possível fazer política pensando nos próximos 20 anos”, declarou.
Walfrido
Lula elogiou bastante o novo articulador político do governo, Walfrido dos Mares Guia (PTB), que deixou a pasta do Turismo. “Ele sempre faz mais do que a gente pede, sempre consegue produzir mais”. Diante dos aplausos da platéia, Lula brincou, dizendo que nem sempre Walfrido foi “tão querido assim”.
O presidente lembrou que a indicação do político mineiro para a Secretaria de Relações Institucionais foi vista, inicialmente, com desconfiança. Numa espécie de recado ao PT, que cobiçava o cargo, Lula justificou a sua opção pelo petebista: “É unanimidade que Walfrido é o ministro que mais gosta de deputado e senador. Ele gosta tanto, que toma café com deputado, almoça, e se dá ao luxo de jantar com deputado. Se bobear, ainda faz a sobremesa com senador”, brincou o presidente.
Marta
Lula também enalteceu a sucessora de Walfrido no Turismo. O presidente disse que Marta só perdeu a reeleição para a prefeitura de São Paulo, em 2004, por causa de preconceito. “Uma das razões pelas quais a Marta não ganhou as eleições foi porque ela foi vítima de um preconceito. Ela traiu a classe dela, porque ela resolveu fazer uma política para os pobres que jamais foi feita naquela cidade", disse.
De acordo com o presidente, "alguém que foi prefeita de São Paulo, pode ter qualquer cargo no mundo". "Antes da Marta ser eleita, fui com ela conhecer periferia de São Paulo. Disse que só um doido quer governar São Paulo. No Brasil, a gente não vê problemas tão juntos como em São Paulo", completou. A ex-prefeita paulistana tem sido cotada, dentro do PT, para ser a candidata do partido à sucessão de Lula em 2010.
Stephanes
Ao se referir ao novo ministro da Agricultura, o peemedebista Reinhold Stephanes (PR), Lula disse que sua escolha se deve à fama de bom administrador. O presidente afirmou que não se preocupava com o fato de o novo auxiliar ter sido filiado a partidos como a Arena e o PDS e ministro da Previdência dos governos Fernando Collor e FHC. “Não olho as pessoas pelo que elas foram, mas pelo que elas podem ser amanhã”, explicou.
Stephanes foi escolhido por Lula depois que o deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR), que havia sido indicado pelo partido para o cargo, desistiu de assumir a pasta diante da repercussão negativa de que respondia a um processo por falsidade ideológica no Supremo Tribunal Federal (STF). No final, Lula deu um recado aos três ministros: “Estarei no pé de vocês, para que façam mais e melhor do que os ministros que saíram”. (Lucas Ferraz)
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