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Congresso em Foco
15/3/2007 | Atualizado 16/3/2007 às 8:28
O ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) sobe à tribuna hoje, às 15 horas, para fazer o seu pronunciamento como senador. Em entrevista ao repórter Expedito Filho, do jornal O Estado de S. Paulo, Collor atribui sua queda, em 1992, a três erros centrais: o confisco do dinheiro da poupança dos brasileiros, o confronto com o Congresso e a decisão de morar na Casa da Dinda.
Na tribuna, o ex-presidente vai tentar desmontar juridicamente o processo de impeachment. Collor vai argumentar que não poderia ter sido impedido porque, segundo ele, a lei que instituía o processo de afastamento não estava regulamentada.
“Foi usada uma lei de 1946 para o meu processo porque a Constituição era omissa em relação ao impeachment. Em linhas gerais, meu pronunciamento não terá nada de subjetivo. Será objetivo e factual. Vou relatar o processo e dividir em quatro blocos: as investigações na CPI mista, depois na Câmara, no Senado e, por fim, a decisão do Supremo Tribunal Federal. Meu pai dizia que quem não sabe virar a página não merece ler o livro. Isso já passou”, disse ao Estadão.
O presidente disse que deveria ter conversado mais os parlamentares. “Eu errei muito. Até porque não dei ao Congresso a consideração que ele merece, sobretudo, porque o regime era presidencialista, em que o presidente da República, que é o líder da nação, tem de ter, necessariamente, uma convivência harmônica, pacífica e independente com o Congresso. O tempo que eu dediquei a conversar com a classe política, prestigiá-la, foi muito pouco”, admitiu.
No caso do confisco dos depósitos bancários de quem tinha mais de 50 mil cruzeiros no banco, Collor classifica hoje a manobra monetária como “um erro juvenil”.
“Foi um erro, um excesso de voluntarismo. Foi vontade de resolver as questões todas de uma vez só. Naquele momento e nas circunstâncias em que vivíamos o confisco se justificava do ponto de vista econômico, já que precisávamos de uma freada no aumento dos preços e na inflação, que andava na casa dos 90% ao mês. Faltou mais experiência para alguém que chegou à Presidência com 40 anos recém-feitos.”
Integrante da base governista de Lula, Collor é só elogios ao presidente, seu adversário na disputa de 1989.
“Se eu batesse no Lula, estaria contrariando parcela do meu eleitorado. Mas estou apoiando Lula porque tenho convicção de que está realizando um bom governo. Os números da economia e da área social falam por si. O presidente Lula tem apoio da parcela mais sofrida da população e tem também o apoio e respeito das elites, apoio este que eu não tive durante meu governo.”
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