Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
9/3/2007 | Atualizado às 12:19
Em discurso feito há pouco na sede da Transpetro, em Guarulhos (SP), o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, defendeu a parceria com o Brasil no desenvolvimento da tecnologia do biocombustível e do etanol. "Estamos investindo US$ 1,6 bilhão nos próximos dez anos para ter outras fontes alternativas. Espero que possamos fazer isso juntos", afirmou.
No início da manhã, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assinaram um memorando estabelecendo cooperação entre os dois países (leia). O presidente afirmou que pretende reduzir em 20% o consumo de gasolina no seu país e, por outro lado, incentivar a ampliação do consumo de biocombustíveis, como o álcool e o biodiesel.
Bush destacou razões políticas, econômicas, ambientais e sociais para que o Brasil e os EUA invistam em fontes alternativas de combustível. Segundo o presidente americano, diversificar os recursos energéticos é uma "questão de segurança nacional", já que o seu país depende do combustível importado de outros países.
"As pessoas se perguntam por que o presidente dos Estados Unidos se preocupa tanto com combustíveis alternativos. É simples: se dependemos tanto de um só tipo de combustível, dependemos também das decisões dos nossos fornecedores", discursou.
Essa dependência do petróleo cria problema não apenas para os Estados Unidos, como para todos os que importam, completou. "Se a demanda na China ou na Índia sobe, aumenta o preço nos nossos paises. É uma questão que interessa a todos", afirmou, destacando uma das razões econômicas para a aposta nas fontes energéticas alternativas. A outra seria a geração de empregos, que alcançaria principalmente os produtores rurais.
O presidente americano também enfatizou que o etanol e o biodiesel são importantes para o meio ambiente, porque poluem menos. "Há 20 anos essa discussão era impensável ", lembrou. "Queremos mudar os nossos países e estou muito animado com as possibilidades do etanol e do biocombustível", completou, incluindo o presidente Lula em seu discurso.
Bush também disse que a produção da cana-de-açúcar dá vantagem comparativa ao Brasil no mercado internacional. "Nos EUA não temos muita cana-de-açúcar. Temos trabalhado com o milho para o etanol. Vocês são os líderes no etanol", disse. Segundo ele, os dois países têm muito a desenvolver em conjunto na área científica. "O processo de refino, o biodiesel da soja é um exemplo. Parabenizo vocês por estarem na ponta dessas mudanças. Faz todo sentido desenvolver um combustível alternativo", afirmou.
O presidente americano classificou o Brasil e os EUA como as "maiores democracias do hemisfério" e que vai trabalhar para que a América Central se torne menos dependente do petróleo. "Queremos que os países de lá se tornem produtores de energia. É importante que os nossos vizinhos se tornem prósperos. Brasil e EUA podem liderar esse caminho", afirmou.
No fim do discurso, Bush brincou com o presidente Lula. Disse que estava faminto e que agradecia ao colega brasileiro pela gentileza de lhe "pagar o almoço". O presidente brasileiro olhou no relógio e sorriu. (Edson Sardinha)
Temas
REAÇÃO AO TARIFAÇO
Leia a íntegra do artigo de Lula no New York Times em resposta a Trump
MANOBRA NA CÂMARA
Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação