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Congresso em Foco
27/2/2007 | Atualizado 28/2/2007 às 8:05
O diplomata Roberto Pinto Ferreira Mameri Abdenur, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, reiterou hoje (27) a crítica de que funcionários qualificados do Ministério das Relações Exteriores não têm sido promovidos porque não estão alinhados à ideologia de suas chefias.
Segundo Abdenur, as promoções no Itamaraty estão contaminadas por posições ideológicas e há “ranços antiamericanistas” nas relações do ministério com os Estados Unidos.
Em reunião da Comissão de Relações Exteriores, Abdenur disse que a política externa brasileira vem agindo de forma equivocada ao impor uma postura de "aversão" aos Estados Unidos.
"Não há lugar para posturas ideológicas de aversão ou distanciamento em relação aos EUA. (...) A minha crítica maior é que há visão muito empobrecida do Brasil, de um país frágil e indefeso, ameaçado de ser engolido pela Alca [Área de Livre Comércio das Américas] ou outras iniciativas que partam de Washington", afirmou.
O diplomata foi convidado a comparecer à comissão para explicar as críticas dirigidas ao Itamaraty, feitas em entrevista à revista Veja. Abdenur disse que o Itamaraty vem doutrinando os jovens aspirantes a embaixadores com leituras direcionadas que prejudicam as relações exteriores brasileiras. "Creio que as chefias do Itamaraty não têm o direito de impor suas preferências aos seus subordinados", criticou durante a audiência.
Ele citou o livro"Brasil, Argentina e Estados Unidos: Conflito e Integração na América do Sul - Da Tríplice Aliança ao Mercosul", de Luiz Alberto Bandeira, como exemplo de leitura doutrinária.
"Essas leituras têm [desvios]. Esse livro traz um forte elemento doutrinário, até panfletário, porque atribui aos Estados Unidos os problemas dos países em desenvolvimento, o que é no mínimo um exagero. O livro critica, curiosamente, dois dos esteios da política externa brasileira: o Mercosul e a sua relação com a Argentina", disse Abdenur.
Na avaliação do diplomata, o Ministério das Relações Exteriores está prejudicando as exportações brasileiras aos Estados Unidos por causa de sua postura antiamericana. "Infelizmente o Itamaraty deixou de assegurar recursos suficientes para as nossas exportações aos Estados Unidos. O Brasil está há dez anos estagnado na venda de produto aos EUA", criticou.
Leia outras notícias publicadas hoje (27)
Temer rejeita apelo de governadores para desistir da disputa
Cinco dos sete governadores do PMDB aconselharam o deputado federal Michel Temer (SP), presidente do partido, a desistir de concorrer à reeleição no dia 11. Os governadores apóiam a candidatura do ex-ministro Nelson Jobim, que tem a simpatia do presidente Lula. "Não há hipótese de desistir", rebateu Temer. "Vou até o fim, vou disputar isso e vou ganhar. Se eu soubesse que iria perder, seria vice do Jobim."
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), recebeu hoje (27) os também governadores peemedebistas Marcelo Miranda (Tocantins), Eduardo Braga (Amazonas), Roberto Requião (Paraná) e Luiz Henrique da Silveira (Santa Catarina) para um almoço de apoio a Jobim.
De acordo com o governador fluminense, a ausência dos dois outros governadores do partido no evento, Paulo Hartung (Espírito Santo) e André Puccinelli (Mato Grosso do Sul), não significa uma divisão, tendo em vista que eles também apoiariam a candidatura do ex-presidente do STF.
“Devemos lutar até o último instante pelo entendimento e unidade do partido, representados por Jobim. O partido vive e pode viver um novo momento e Jobim encarna essa personalidade capaz de unir o PMDB. Ele é um homem público com a experiência única no Brasil de passagem pelos três poderes”, destacou Cabral.
Por sua vez, Jobim descartou qualquer possibilidade de ser vice numa chapa encabeçada pelo atual presidente do partido, o deputado Michel Temer (SP), conforme foi proposto pelo parlamentar paulista.
“Não há possibilidade de que eu seja vice do Michel. Essa tentativa de entendimento é exatamente o contrário. São seis anos de administração do presidente Michel Temer, que foi muito importante, mas chegou o momento de se fazer uma modificação para se criar uma agenda do partido e sua inserção estratégica no momento político nacional”, afirmou o ministro.
Entidades tentam barrar votação de improbidade
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, receberá amanhã (28) quatro entidades que representam juízes e procuradores para pedir mudança da pauta de quinta-feira (1/3), que tem, dentre as matérias, a que altera a Lei de Improbidade.
Na audiência, a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e Associação dos Juízes Federais (Ajufe) tentarão impedir o julgamento da matéria, que começou com uma reclamação do ex-ministro Ronaldo Sardenberg.
Sardenberg foi condenado em primeira instância, em 2002, pelo uso de jatinhos da FAB para viagens turísticas. Ele recorreu da decisão e pede a revogação da lei.
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