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Congresso em Foco
26/1/2007 | Atualizado às 14:41
Candidato à reeleição, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), procurou se distanciar do Palácio do Planalto, aproximando seu discurso ao do candidato tucano, Gustavo Fruet (PR). Durante o debate promovido hoje (26) pela Folha de S. Paulo entre os candidatos à presidência da Casa, Aldo disse que não tem obrigações com o governo, apesar de seu partido fazer parte da base aliada.
“Não sou candidato do governo, nem da oposição, mas da instituição, para conduzi-la com rigor e disciplina. O fato de vossa excelência ser da oposição, não me faz pensar que o senhor, se assumir a Câmara, estará no dia seguinte com um processo de impeachment contra o presidente Lula”, disse Aldo ao responder uma pergunta do tucano.
O discurso de “candidato da Câmara” vinha sendo adotado até então apenas por Fruet, que criticou a subserviência do Legislativo ao Executivo. “É muito bom ouvir do presidente Aldo que não é o candidato do governo. O que estamos vendo são dois candidatos disputando quem é o mais leal [ao governo]”, afirmou o paranaense.
A aproximação do discurso dos dois sinaliza para uma eventual aliança caso a eleição seja decidida num segundo turno (leia mais). Antes do debate, Aldo e Fruet declararam não acreditar que alguma das três candidaturas consiga os 257 votos necessários para a vitória no primeiro turno.
O mesmo discurso não foi adotado pelo candidato do PT, Arlindo Chinaglia (SP), que evitou criticar o Executivo pela sobrecarga do Congresso na análise de medidas provisórias. A crítica ao governo pelo excesso de MPs foi feita pelos outros dois candidatos. Chinaglia defendeu o voto aberto e pediu ainda para que os seus eleitores declarem o voto no primeiro turno e, "se tiver", também na segunda rodada.
"Espaço sagrado" da minoria
Mais uma vez se descolando do Planalto, Aldo afirmou que a Câmara precisa respeitar a vontade do eleitor que definiu, nas eleições de outubro, o papel que cada partido nos próximos quatro anos. Disse que entregou, nos últimos dois anos, relatorias importantes para a oposição e que a minoria tem um “espaço sagrado” dado pelo povo.
“No Legislativo, a maioria deve buscar exercer a sua função e seu papel, como base do governo e do Executivo, e a minoria deve também ter ali o sagrado espaço de exercício de uma função atribuída pelo povo, que quis que um governasse e o outro fiscalizasse e o substituísse. O presidente da Câmara deve ter equilíbrio para assegurar ambiente de harmonia e disputa ao mesmo tempo na democracia", declarou.
Não ao reajuste de 91%
Além da autonomia da Casa, outro assunto bastante debatido pelos candidatos foi o reajuste salarial. Conforme antecipado anteontem (24) pelo Congresso em Foco (leia mais), os três descartaram o aumento de 91%, aprovado em dezembro do ano passado e revisto pela Câmara após forte pressão popular e advertência do Supremo Tribunal Federal (STF).
Chinaglia defendeu que os vencimentos do Legislativo, em vez dos salários do Judiciário, passem a ser adotados como teto do funcionalismo público. "Qualquer que seja o teto, deve ser o do Legislativo, que é o poder mais transparente e mais fácil de ser fiscalizado. Se for presidente, procurarei outros poderes para saber o que eles pensam", disse.
Fruet, por sua vez, lembrou que foi o único dos três candidatos a se posicionar contra o superaumento ainda em dezembro. Aldo defendeu o congelamento dos salários dos ministros do STF, atual teto.
Os três candidatos voltam a se encontrar na próxima segunda-feira (29) para debate na TV Câmara, em Brasília.
Leia mais sobre o debate promovido pela Folha:
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