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Congresso em Foco
12/11/2006 | Atualizado às 11:17
A Polícia Federal suspeita de que pelo menos parte dos reais (R$ 1,1 milhão) que seriam utilizados para comprar o dossiê contra políticos tucanos fosse composta por notas destinadas à incineração. Segundo reportagem publicada na edição de ontem do jornal Folha de S. Paulo, a hipótese surgiu de um laudo pericial incluído há uma semana no inquérito.
"Ao analisar as notas de reais, os peritos identificaram resquícios de carimbos de instituições bancárias (Banco do Brasil, Bradesco e outros), além de rubricas e sinais manuscritos com caneta em algumas cédulas periciadas", diz o jornal.
De acordo com os jornalistas Leonardo Souza e Andréa Michael, a PF está investigando ainda se as inscrições são um indicativo de que ao menos parte do dinheiro estaria em vias de ser retirado de circulação e enviado para incineração. "Seria, no entendimento de policiais, uma operação típica de quem conhece o funcionamento do sistema bancário", afirmam.
Os jornalistas apontam que entre os investigados há pelo menos dois personagens com esse perfil: "Expedito Veloso, servidor de carreira do Banco do Brasil, e Jorge Lorenzetti, que até ingressar no comitê de reeleição do presidente Lula integrava a diretoria do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina). Eles negam envolvimento na captação de dinheiro para a compra do dossiê."
PF irá intimar tesoureiros de Lula e Mercadante
Os tesoureiros das campanhas do presidente Lula e do senador Aloizio Mercante (PT) a governador de São Paulo, José de Filippi Júnior e José Giácomo Baccarin serão convocados para depor sobre o caso do dossiê. A Polícia Federal e o Ministério Público decidiram intimar os dois para esclarecer a movimentação dos recursos de campanha e as retiradas de altas somas dias antes da apreensão do R$ 1,75 milhão, que seria utilizado para comprar o dossiê contra políticos tucanos.
Os policiais trabalham com a hipótese de que parte do dinheiro tenha saído do caixa desses dois comitês, o que configuraria a prática de crime eleitoral. Os depoimentos ainda não têm uma data marcada, mas já se sabe que o coordenador financeiro da campanha de Mercadante, José Giácomo Baccarin, falará primeiro.
Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, no mês de setembro, o prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior, que administrou as finanças do comitê presidencial, disse que sofreu pressões de empresários para receber doações via caixa dois, mas que resistia ao assédio.
Anteontem, a PF e o MP começaram a analisar o laudo do Instituto de Nacional de Criminalística sobre as cédulas de dólares e reais apreendidas. As investigações apontaram vestígios de dinheiro das campanhas de Lula e Mercadante, mas precisam ser aprofundadas. O MP também que investigar a suspeita de que parte do dinheiro teria circulado pelas empresas do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, outro investigado no escândalo.
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