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Congresso em Foco
26/9/2007 | Atualizado às 18:22
A reunião do Conselho de Ética do Senado, marcada para hoje (26), corre o risco de não ser realizada. Por isso, a oposição critica a lentidão no andamento dos três processos contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), sequer indicou relatores para as acusações de que ele comprou rádios com laranjas e participou de esquema de arrecadação de dinheiro em ministérios comandados por peemedebistas.
A reunião foi marcada para as 17h de hoje, mas a ordem do dia – cheia de matérias graças a acordo para interromper a obstrução – é iniciada sempre às 16h. Isso motivou a fúria do líder do PSDB, Arthur Vigílio (AM), que considerou má vontade de Quintanilha em dar andamento aos processos contra Renan. “Marcar para 17h com essa pauta é eufemismo para não votar.”
Ontem à noite, Quintanilha disse ao Congresso em Foco que não encontrava ninguém para relatar os novos processos contra Renan. Disse que ofereceu os casos a todos os membros do Conselho, menos os do DEM e do PSDB, porque eles eram autores de uma das denúncias. Virgílio rejeitou o argumento ao lembrar que os autores de pedidos de CPI ocupam sempre a presidência ou a relatoria das comissões.
Para o líder tucano, Quintanilha age de forma pessoal. Na sua opinião, ele deveria sortear um relator com a obrigação de assumir o caso logo ou deixar o conselho de Ética. Ficariam de fora do sorteio os membros do PMDB – supostamente suspeitos por serem do partido de Renan – e os relatores da primeira denúncia contra o presidente da Casa.
O líder do DEM, José Agripino (RN), considerou “sectarismo e segregação” o critério de Quintanilha. Ele também lembrou que o caso tem sido recorrentemente atrasado. Quintanilha preferiu não comentar as opiniões.
Segundo a assessoria do presidente do Conselho, o senador foi tentar um acordo com líderes para levar adiante a reunião depois da ordem do dia. A sessão iria suspender o processo contra Renan por suposto lobby em favor da cervejaria Schinchariol, além da votação da aglutinação das outras duas denúncias sobre o presidente da Casa – que poderiam receber um relator.
Entretanto, a pauta de hoje do plenário inclui diversas matérias importantes, graças a um acordo entre oposição e governo para destrancar as votações. Segundo o líder governista, Romero Jucá (PMDB-RR), cinco medidas provisórias serão apreciadas. Depois, projetos de resolução que acabam com as sessões secretas, PECs que acabam com as votações secretas e matérias sobre concessão de empréstimos.
Quintanilha disse à reportagem que a reunião vai acontecer após a sessão plenária. Ele afirmou ainda haver um acordo para que as votações em plenário acabem mais cedo e permitam ao Conselho de Ética retomar os trabalhos ainda nesta noite. (Eduardo Militão)
Atualizada às 17h32
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