Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
8/9/2007 8:08
Carta Capital
O crédito empurra o Brasil
As vendas do comércio batem recordes, mas o desmonte do planejamento do Estado limita o crescimento de longo prazo.
Renan, abatido no primeiro round
Em votação aberta no Conselho de Ética, relatório contra o presidente do Senado passou sem dificuldade. Agora é esperar pelo plenário. O relatório que pede a cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi aprovado pelo Conselho de Ética do Senado na quarta-feira 5. Foram 11 votos a favor e 4 contra. No mesmo dia, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) considerou constitucional o pedido, por 20 votos a 1.
Soninha aos 40
A palmeirense divide o tempo entre a política, a televisão e o futebol, defende ciclovias e sonha ser prefeita, mas sem muita esperança. Às 9h45 da manhã, ela está na rua, em uma esquina da Pompéia. Tem poucos minutos para chegar ao trabalho, no centro de São Paulo. A bordo de uma bicicleta inteiramente dobrável, alcança a estação Barra Funda do Metrô. Em frente à catraca, desmonta o artefato e o carrega no colo por três estações. Às 10h07, de tênis All Star preto, jeans, blusão de lã, mochila nas costas e capacete, a vereadora Soninha Francine chega à Câmara Municipal.
Assistir à televisão faz mal
Em excesso durante a infância, pode afetar o cérebro e provocar dificuldades de aprendizado e atenção. Um estudo do pesquisador Erik Landhuis, da Universidade de Otago, em Dunedin (Nova Zelândia), publicado na revista americana Pediatrics avaliou mil jovens de 15 anos e comparou o tempo que ficavam na frente da tevê com a capacidade de se concentrarem. Espantosamente, descobriu que quando esses adolescentes tinham entre 5 e 11 anos gastavam em média duas horas por dia assistindo à tevê. Entre os 13 e os 15 anos essa média subiu para três horas diárias, e foi o suficiente para aumentar em 40% os problemas de atenção.
Época
Renan e a máquina de fazer dinheiro
Apadrinhados do senador na Funasa, um órgão do Ministério da Saúde, são alvo de investigações por desvio de dinheiro público. O presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), investiu no governo Lula num momento em que isso era um negócio de alto risco político. Em julho de 2005, no auge do escândalo do mensalão, a bancada do PMDB no Senado, liderada por Renan, deu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em troca, indicou três ministros e o comando da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), um órgão do Ministério da Saúde com orçamento bilionário para investimentos em saneamento básico. Para a presidência da Funasa, Renan indicou o ex-deputado e ex-ministro Paulo Lustosa, um político profissional. Ao assumir, Lustosa definiu a Funasa como “uma máquina de fazer votos”. Agora, começa a se descobrir que a Funasa pode ter virado também uma “máquina de fazer dinheiro” para o grupo ligado a Renan. Além de Lustosa, Renan indicou Paulo Roberto de Albuquerque Garcia Coelho para chefiar a estratégica Coordenação de Logística da Funasa, departamento responsável por contratos milionários nas áreas de informática e serviços. Quem é Paulo Roberto? Ele é sobrinho de Luiz Carlos Coelho, um lobista amigo de Renan Calheiros, acusado de montar um esquema de arrecadação de dinheiro para o presidente do Senado em ministérios comandados pelo PMDB.
Veja
"Renan era chamado de chefe"
Em entrevista a VEJA, advogado revela detalhes da estranha associação entre o senador e um lobista. O advogado Bruno Brito Lins freqüentou durante anos a intimidade do lobista Luiz Garcia Coelho. Na semana passada, VEJA revelou o teor de um depoimento prestado por Bruno à polícia no qual relata negociatas conduzidas pelo lobista em parceria com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Desde então, por medo de represálias, Bruno dorme cada dia em um endereço e desligou o celular. Na noite de terça-feira, o advogado prestou um depoimento sigiloso à Polícia Federal. Bruno contou em detalhes como sacou milhões de reais no BMG a mando do lobista Luiz Coelho e como distribuiu parte do dinheiro a um deputado federal. Na quarta-feira, Bruno Lins recebeu VEJA para sua primeira entrevista sobre o caso. Durante duas horas e meia, ele detalhou como funcionavam os negócios clandestinos do lobista Coelho, seu ex-sogro, a parceria que ele mantém com Renan Calheiros, a quem chama de "chefe", e a intimidade que existe entre os dois. Contou também minúcias da participação do lobista em um dos mais nebulosos negócios do atual governo, o crédito consignado para aposentados, e entregou documentos para provar o que dizia.
A Second Life do petismo
O Partido dos Trabalhadores está vivendo um momento, digamos, Second Life, aquela brincadeira da internet em que as pessoas criam para si mesmas avatares com as qualidades que elas não possuem na vida real. Em sua Second Life, o PT é um partido ético, suas lideranças estão acima de qualquer suspeita e suas propostas têm legitimidade para resolver os grandes problemas do país. O avatar José Dirceu é saudado como o herói que volta de renhida batalha e os deputados acusados de corrupção são vítimas de uma grande conspiração, um certo "mensalão", que nunca existiu. O PT virtual pensa no futuro com magnanimidade, admitindo até apoiar um candidato de outro partido para a sucessão presidencial. No 3º Congresso Nacional do partido, encerrado na semana passada, em São Paulo, a vida vicária dos petistas atingiu seu delírio máximo. Criou-se ali um ambiente imaginário em que se aclamam virtudes que não existem e se aniquilam problemas que podem trazer algum tipo de constrangimento.
A CPI da Vendeta
O senador Renan Calheiros não encontrou mais seu eixo desde que VEJA começou a revelar seus trambiques. Com a ajuda de aliados da estatura de Jader Barbalho, Renan vem tentando agora abrir uma CPI para "investigar" a associação da TVA, do Grupo Abril, que publica VEJA, com a Telefônica. A operação foi esmiuçada e aprovada pela Anatel, a agência que regula as telecomunicações no Brasil. Renan, porém, não conhece o princípio da realidade, só o da vingança. Sua patota ludibriou pelo menos 21 deputados para conseguir o número de assinaturas necessário para entrar com o pedido da CPI da Vendeta na mesa diretora da Câmara.
Uma questão de ordem apresentada à Câmara pelo líder do PDT, Miro Teixeira, lança um raio de luz sobre o absurdo da iniciativa de Renan. O deputado Miro Teixeira defende o arquivamento do pedido de CPI porque ele não tem fato determinado, condição exigida pela Constituição. "Querem investigar por investigar, sem que nenhum indício de problema tenha sido apurado. Desse jeito, qualquer negócio empresarial, só pelo fato de existir, poderia ser objeto de uma CPI. Isso vai além da Abril. Cria insegurança jurídica no ambiente empresarial", diz Miro.
*Até o fechamento desta nota, não estava disponível na internet a nova edição da revista Istoé.
Temas
REAÇÃO AO TARIFAÇO
Leia a íntegra do artigo de Lula no New York Times em resposta a Trump
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Filha de Edson Fachin é alvo de hostilidade na UFPR, onde é diretora