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Congresso em Foco
7/9/2007 | Atualizado 8/9/2007 às 15:15
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou nesta sexta-feira (7) a redução nos números de cancelamentos e atrasos de vôos no país desde o início da crise aérea (leia a íntegra da nota) em setembro de 2006, após o acidente com o avião da Gol. A agência reguladora diz mostrar "com números que a crise aérea acabou para o usuário".
De acordo com a informações da Anac, a média histórica nos atrasos de vôos com mais de uma hora, "da ordem de 15% e 12% de cancelamentos", foram reduzidos um ano depois para 9% de atrasos com mais de uma hora e 10% de cancelamentos.
Mesmo com os dados divulgados pela Anac, os cancelamentos de vôos hoje (7) atingiram o patamar de 20% nos principais aeroportos. O último da boletim da Infraero (20hs), do total de 1.649 vôos previstos, 329 vôos foram cancelados.
Os atrasos maiores do que uma hora foram de 181 vôos, 11% do total. Congonhas registrou o maior número de cancelamentos com um total de 82 vôos, 34,7% dos 236 programados. Outros oito vôos tiveram atrasos acima de uma hora.
No aeroporto Santos Dumont (RJ) foram cancelados metade dos 75 vôos programados, mas não houve registro de atrasos. No Aeroporto do Galeão, dos 149 vôos programados, 17 sofreram atrasos superiores a uma hora (11,4%) e 21 foram cancelados (14,1%). Só em Cumbica (SP) os atrasos de mais de uma hora ficaram próximos dos percentuais de atraso considerado pela Anac como sintoma do fim do caos aéreo. Onze das 186 operações previstas tiveram atraso (5,9%) e outras 16 operações foram canceladas (8,6%).
Realidade
"Nos cancelamentos, os números são melhores e ainda não são ideais porque muitos HOTRANs (Horário de Transporte) do Aeroporto de Congonhas continuam existindo embora não utilizados. Isso porque muitos vôos foram transferidos para Guarulhos e o Aeroporto de Congonhas reduziu os movimentos/hora de 44 para 33. Somente com a nova malha, a partir de 20 de setembro, é que os números relativos aos cancelamentos refletirão de forma inequívoca a realidade", ressalta o comunicado à imprensa da Anac.
Com a queda dos atrasos, diz o texto, fica evidente que a entrada de novos controladores supre, em parte, a falta de investimentos em infra-estrutura aeronáutica. "É preciso mais investimentos tanto na infra-estrutura aeronáutica quanto na aeroportuária. Mas pode-se dizer que a partir daquela ação objetiva a situação não apenas voltou à normalidade como melhorou, e muito, se comparada ao período anterior a setembro de 2006", informa a Anac. A ação citada como a principal causa para o fim do caos aéreo, segundo a Anac, seria a transferência de controladores de vôos da Defesa Aérea Nacional para a Aviação Civil no último dia 22 de junho.
A nota também tenta mostrar que o presidente da Anan, apesar da pressão política para deixar o cargo, assim como já fizeram outros três diretores da agência, estava certo ao afirmar em depoimentos no Congresso que não havia mais crise no setor. "A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) havia informado, por meio de seu presidente Milton Zuanazzi, que a crise aérea havia sido superada para o usuário. Parte da mídia contestou as informações apontando um ou outro atraso de vôo", ressalta a Anac.
Segundo a agência Brasil o presidente Lula da Silva admitiu ontem (6), em entrevista a emissoras de rádio, que o país ainda enfrenta problemas nos aeroportos e disse que, até o final do ano, haverá reforço de 300 controladores de vôo. Lula, diz a agência oficial, ressaltou que os problemas de atraso não são exclusivos do Brasil e que, mesmo com as medidas que estão sendo adotadas, não será possível acabar com os atrasos nos aeroportos. (Lúcio Lambranho)
Atualizada às 22h03.
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