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A guerra dos números

Congresso em Foco

26/1/2007 | Atualizado às 6:19

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Soraia Costa

A guerra dos números está declarada na base governista. Deputados que apóiam a candidatura à reeleição de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) à presidência da Câmara contestam o favoritismo de Arlindo Chinaglia (PT-SP), tom assumido pela coordenação da campanha do petista, que acredita numa vitória já no primeiro turno (leia mais).

Aliados de Aldo até admitem que Chinaglia possa ter hoje mais votos que o comunista, mas garantem que o atual líder do governo não conseguirá alcançar os 257 (maioria absoluta, ou metade mais um dos deputados) necessários para vencer a disputa sem uma nova rodada de votação.

“Ou o PT ganha no primeiro turno, ou não ganhará a eleição”, afirma o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), um dos coordenadores da campanha de Aldo. É precisamente no segundo turno que os apoiadores de Aldo apostam todas as suas fichas.

Esperança no 2º turno

A expectativa deles é de que se repita na semana que vem o que ocorreu na eleição da Mesa em 2005, quando o petista Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) somou 207 votos no primeiro turno e acabou sendo atropelado por Severino Cavalcanti (PP-PE) na reta final. No segundo turno, Greenhalgh recebeu 12 votos a menos que no primeiro, enquanto Severino viu os 124 votos se transformarem em 300 num intervalo de apenas três horas.

Para Rodrigo Maia, é “praticamente impossível” que a eleição seja decidida em um só turno, tamanha a divisão dentro dos próprios partidos em torno das três candidaturas. O lançamento da candidatura de Gustavo Fruet (PSDB-PR) tornou a disputa ainda mais imprevisível.

Enigma tucano

Menos pela remota possibilidade de vitória do tucano, mais pelo efeito que ele possa ter na partilha dos votos da bancada, cujo líder chegou a declarar apoio a Chinaglia, num eventual segundo turno. “A decisão de apoiar o PT repercutiu mal dentro do partido. A situação do PSDB agora é outra. Tanto que eles estão com Fruet e não com Chinaglia”, diz Rodrigo, que aposta na migração dos votos tucanos para Aldo num eventual segundo turno.

Na tarde de ontem (25), a executiva do PSDB se reuniu para montar estratégias de como conquistar votos para a campanha de Gustavo Fruet. O vereador e deputado eleito José Aníbal (PSDB-SP), que participou da reunião, disse ao Congresso em Foco que espera que todos os 66 deputados tucanos confirmem a decisão do partido nas urnas.

Um deputado aliado de Aldo, no entanto, acredita que mesmo com a mudança de posição, os tucanos continuam divididos. “Os que queriam Chinaglia desde o começo não devem voltar atrás”, argumentou. Mesmo assim, ele entende que, na hipótese de um segundo turno entre os dois candidatos da base governista, Aldo seria o preferido da oposição.

Contas que não fecham

Todos os candidatos estão fazendo pesquisas informais para ter uma idéia do cenário eleitoral da Câmara. Como a votação será secreta, ninguém pode dizer ao certo o que pode acontecer, mas muitos se arriscam a dar palpites. As estimativas apresentadas pelos parlamentares são sempre otimistas em relação às candidaturas por eles abraçadas. 

Segundo levantamento feito pelo PL, partido que apóia Chinaglia, o petista teria entre 223 e 270 votos. No cenário que mais lhe favorece, bastaria mais um voto para o líder do governo vencer a disputa ainda no primeiro turno. Já os aliados de Aldo estimam que o comunista terá no mínimo 200 votos. Os defensores de Fruet acreditam que ele alcançará ao menos 100 votos na primeira rodada.

As contas, realmente, não batem. Para que as previsões das coordenações das três candidaturas à presidência da Câmara pudessem se confirmar, a Casa deveria ter entre 523 a 570 parlamentares em vez de seus 513 deputados. Isso sem levar em conta as tradicionais abstenções na hora da votação.

O mapa dos votos

Oficialmente, Chinaglia é o que tem o maior número de legendas aliadas: PT, PMDB, PP, PTB, PSC e PR (resultado da fusão entre PL, PSC e Prona). Aldo, até o momento, conta com o respaldo do PSB, do PFL e do PCdoB. Além do PPS, Fruet tem o apoio do PSDB. O apoio declarado do chamado Grupo dos 30, responsável pelo lançamento de sua candidatura, não deve se traduzir em mais votos para o tucano, já que boa parte do grupo é filiada ao PSDB e ao PPS.

Dos 89 deputados do PMDB, por exemplo, Chinaglia espera conseguir o voto de pelo menos 60 e Aldo está contando com o apoio de 40. Um dos dois certamente sairá decepcionado.

O apoio do PP também está sendo disputado a tapa. O partido, que começará a legislatura com pelo menos 41 deputados, declarou voto ao petista. Os aliados de Aldo, no entanto, esperam conseguir votos de quase metade da bancada.

Além dos votos dos dissidentes do PMDB e do PP, a campanha do comunista conta com o apoio do próprio PCdoB, que terá 13 deputados, do PFL, que contará com 65 deputados e do PSB, que terá 27 parlamentares na Câmara. Deste último, porém, Aldo já sabe que não terá pelo menos dois votos. Luiza Erundina (PSB-SP) declarou apoio a Fruet, e Júlio Delgado (PSB-MG) avisou que votará em Chinaglia.

Os aliados de Aldo também esperam conseguir cerca de 18 votos no PDT , dez na agremiação formada por PL, Prona e PSC e outros sete no PV. Os pedetistas, no entanto, ainda não definiram quem apoiarão.

Dependendo do número de dissidentes entre os apoiadores de Chinaglia, até mesmo Fruet tem chances – poucas, é verdade – de chegar ao segundo turno. Um cenário sem Chinaglia, no entanto, é pouco provável. Até agora, Fruet tem apenas cerca de 80 votos (uns 60 do PSDB e outros 20 do PPS).

Se nenhum grande acontecimento gerar uma reviravolta na eleição até a próxima semana, a tendência é que a disputa tenha um segundo turno entre Aldo e Chinaglia. Se isso se confirmar, o PT precisará arrumar uma maneira de reconquistar os votos do PSDB, pois a tendência dos apoiadores da terceira via é de votar em Aldo caso Fruet fique de fora da disputa.

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