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Mercadante defende novos rumos para economia

Congresso em Foco

11/11/2006 | Atualizado às 6:46

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Em discurso realizado na tribuna do Senado Federal ontem, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) defendeu mudanças na política econômica do governo federal para atingir a meta de crescimento de 5% ao ano. 

Mercadante afirmou ser contrário à manutenção da atual agenda econômica do país e que é preciso avançar na reforma da Previdência. "Foi uma política de transição [com o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso], que cumpriu o seu papel".

Mercadante criticou o chamado "velho desenvolvimentismo" econômico. "O velho desenvolvimentismo é imaginar que só baixando os juros vamos gastar mais, impulsionando o desenvolvimento econômico. O caminho do velho desenvolvimentismo pode levar ao crescimento, mas podemos ter na verdade uma bolha de crescimento. Não acredito que esse seja o caminho mais promissor".

O ex-líder do governo no Senado, no entanto, elogiou o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles."O trabalho do ex-ministro Palocci e do Meirelles foi fundamental para o país. Nós não estaríamos podendo debater crescimento econômico hoje se não tivesse feito ajuste fiscal severo, reforma previdenciária e tributária. Só que, daqui para frente, nós não temos que continuar aumentado superávit primário, temos que fazer ajuste fiscal para aumentar o investimento público", defendeu.

Mercadante apresentou como alternativa para a política econômica do país o que chamou de "novo desenvolvimentismo". "O que proponho não é um caminho fácil. É uma agenda pesada de discussões, de esforço para reduzir os gastos correntes".

Lula descarta corte de gastos e guinada na economia

O presidente Lula pregou ontem novamente a manutenção da atual política econômica, com o rigor fiscal dos tempos do ex-ministro Antonio Palocci, mas admitiu a necessidade de alguns ajustes que viabilizem o crescimento do país. Ele voltou a enfatizar, porém, que há pouco espaço no orçamento do governo para cortar gastos.

"O corte é um discurso meio batido, todo mundo fala em corte. Acontece que tem pouco de onde cortar, o que temos que saber é que ao invés de ficar falando apenas em cortar precisamos saber como fazer o país voltar a produzir e nós estamos discutindo isso com carinho", afirmou Lula, em entrevista no Palácio do Planalto.

O presidente disse que a capacidade de investimento no país ainda é pequena, mas ressaltou que não é preciso mudar a política econômica para fortalecer o crescimento. "É preciso destravar a economia para crescer. Precisamos encontrar o caminho pelo qual poderemos dotar os estados, os municípios e a União com o mínimo de investimentos. Não precisa mudar a política econômica na essência, ela precisa ser aprimorada, não abriremos mão das responsabilidades econômica e fiscal", acrescentou.

Economista pede a Lula redução na carga tributária

Endossando o coro de empresários e especialistas, o economista Luciano Coutinho, da Unicamp, reforçou nesta sexta-feira que o presidente Lula deve reduzir a carga tributária e incrementar os investimentos no setor produtivo a partir do próximo ano. Coutinho defendeu as mudanças ontem, durante reunião com o presidente no Palácio do Planalto.

O economista explicou que partiu dele o pedido de audiência com Lula e negou especulações sobre sua possível ida para a equipe econômica do próximo governo. "Não vim aqui com este objetivo nem fui convidado. Estou muito bem como consultor e professor", afirmou.

Coutinho declarou que o objetivo do encontro era propor sugestões para melhorar o desenvolvimento da economia. "Um dos pontos é desonerar os investimentos. Um país precisa ter mais capacidade fiscal para investir mais. Este é um consenso", explicou.

Oposição apóia sugestões de Mercadante

As propostas apresentadas pelo senador Aloízio Mercadante (PT) para a política econômica podem abrir o diálogo com a oposição. Os líderes do PSDB e do PFL mostraram disposição em debater a condução da economia para o segundo mandato do presidente Lula. "Nunca deixamos de votar nada que interesse ao país. As peças brancas estão com o presidente, ele que mexa no tabuleiro de xadrez", disse o líder tucano, Arthur Virgílio.

Para Virgílio, o Banco Central precisar ter autonomia para deixar de sofrer as pressões do governo, como a definição da taxa de juros. Por sua vez, o líder do PFL, senador Agripino Maia (RN), acredita que o discurso de Mercante demonstra a vontade do candidato derrotado ao governo de SP em ocupar uma vaga no governo. "Ele apresentou-se como um elemento capaz de vestir o figurino de ministro", comentou o pefelista. (Ricardo Taffner)

Garcia nega ser "velho desenvolvimentista"

O presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, enviou uma nota à imprensa para rebater críticas de que faria parte do "velho desenvolvimentismo", em relação ao discurso feito pelo senador Aloizio Mercadante (PT), ontem na tribuna do Senado.

Mercadante defendeu uma mudança na postura da condução da política econômica e o abandono da corrente do "velho desenvolvimentismo" defendido por alguns petistas. Garcia disse, porém, que concorda com muitas opiniões do senador e que tem combatido a mesma linha criticada pelo colega petista. Leia, abaixo, a integra da nota à imprensa:

"Conversei ontem com o senador Aloizio Mercadante, quando ele me expôs as idéias que desenvolveu em seu discurso de hoje no Senado. A fala do senador coincide em muitos pontos com minhas idéias (em outros nem tanto) e está sintonizada com o debate que o Governo vem realizando há tempos.

Ouvi com interesse as posições de Mercadante e disse-lhe que seria bom que as expusesse na Comissão de Economistas do PT, que passará a ter de novo vida permanente.

Nas notícias publicadas em distintos sites, em tom insidioso, posto que Mercadante não me atribuiu nenhuma opinião a respeito, sou apresentado como "velho desenvolvimentista". A insídia é sintomática porque especulativamente convergente.

Quem conhece minhas posições - e um jornalismo sério poderia apurá-las - saberia que, pelo menos, desde 1994, quando coordenei o Programa de Governo de Lula, tenho criticado publicamente o "velho" desenvolvimentismo (da mesma forma que o neoliberalismo) por seu caráter concentrador de renda, fiscalmente inconsistente e de difícil convivência com a democracia.

E depois dizem que tenho má vontade com certo tipo de imprensa.

Marco Aurélio Garcia

Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores"

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