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Assessores complicam situação de Ney Suassuna

Congresso em Foco

7/9/2006 | Atualizado às 7:06

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Em depoimento ao Conselho de Ética do Senado, dois assessores parlamentares complicaram ontem a situação do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) no escândalo dos sanguessugas. Marcelo Cardoso, ex-assessor do senador, desmentiu o ex-chefe e disse que Suassuna sabia de suas ligações com a máfia das ambulâncias. De acordo com a Polícia Federal, Marcelo recebeu R$ 222,5 mil do esquema.

O ex-líder do PMDB no Senado alega que não sabia das atividades de seu ex-assessor, demitido após o escândalo. Já a assessora parlamentar do Ministério da Saúde Marilane Cavalcanti de Albuquerque confirmou que Suassuna ligou para ela para saber como estava o encaminhamento das emendas parlamentares para a compra de ambulâncias.

Marilane contou que, em janeiro deste ano, conversou com o senador sobre as emendas: "O senador me ligou perguntando se as emendas dele tinham sido empenhadas". Ela teria dito que "todas, com a exceção da última, porque não tinha pré-projeto".

Para o senador Demóstenes Torres (PFL-GO), as declarações dos assessores sustentam a tese de que Suassuna tinha conhecimento e acompanhava a liberação do dinheiro das emendas sobre a compra de ambulâncias irregulares. "Ela deu a entender que ele sabia. Caso contrário, não teria ligado para ela para perguntar", disse.

A situação de Suassuna também se agravou com o depoimento do presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), que confirmou a conversa que teve com o senador paraibano sobre o esquema dos sanguessugas.

Em uma reunião reservada, realizada em 3 de agosto, o ex-líder do PMDB teria dito para Biscaia que "90% dos parlamentares do Congresso recebem uma beirada das emendas (parlamentares)". Biscaia contou que, ao saber disso, ficou indignado e disse: "Eu não sabia que 90%, senador, dos parlamentares cometiam crime". Segundo Biscaia, depois de dizer isso, Suassuna se retirou. O depoimento do senador no Conselho de Ética está marcado para a próxima terça-feira.

Genro de Vedoin desmente genro de Serys

O Conselho de Ética do Senado também realizou uma acareação entre o genro da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), Paulo Roberto Ribeiro, e o genro do empresário Darci Vedoin, Ivo Spínola. A idéia era averiguar se o envolvimento da parlamentar com a máfia das ambulâncias.

Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, o empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos sócios da Planam, confirmou ter repassado R$ 72,2 mil a Paulo Roberto em troca de emendas feitas pela senadora do PT. A soma era equivalente a 10% do valor da emenda.

O genro da senadora disse ter recebido R$ 37.200 dos Vedoin, em cheque, pela venda de equipamentos hospitalares à família e negou que o dinheiro fosse propina. O genro de Darci Vedoin deu outra versão. Spínola disse que presenciou Luiz Antonio Vedoin repassando uma alta quantia em espécie para Paulo Roberto.

Na avaliação dos parlamentares, a acareação não rendeu o esperado. Os dois mantiveram suas versões contraditórias. Para saber quem falou a verdade, o Conselho fará uma mega-acareação entre os dois com os donos da Planam na próxima terça-feira.

O relator do processo contra Serys, senador Paulo Octávio (PFL-DF), disse que ainda é cedo para dizer se a acareação complicou a situação da petista. "As investigações ainda estão acontecendo, estamos requisitando mais documentos e temos de ouvir mais pessoas. Preciso de mais provas, antes de dar meu juízo final com relação a Serys", disse.

Ex-assessora do Ministério da Saúde diz que foi usada pela Planam

A ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino afirmou ontem ao Conselho de Ética do Senado que foi vítima da família Vedoin, dona da Planam. "Eu me senti usada pelos Vedoin porque eles sabiam que eu não tinha esse poder (de dar encaminhamento às emendas) e ainda assim me procuravam", disse no depoimento.

Maria da Penha foi convocada para responder dúvidas referentes ao processo de decoro parlamentar do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), um dos envolvidos no relatório parcial da CPI dos Sanguessugas, aprovado no dia 10 de agosto.

Entretanto, Maria da Penha negou várias vezes durante o depoimento que existisse essa relação com Suassuna. A ex-assessora, que trabalhou na Planam de março de 2004 até março de 2005, defendeu-se da acusação de que teria sido indicada ao Ministério da Saúde pelos Vedoin.

Ao ser questionada sobre o porquê do interesse dos donos da Planam nela, já que não tinha nenhum poder sobre o andamento das emendas individuais, Maria da Penha respondeu que era por causa do conhecimento que ela tinha da área. "Não foi como um roubo de banco. Eles não chegaram e disseram: você vai pra cá e você pra lá. Eu não fui mandada para o Ministério para ajudar na máfia como estão dizendo por aí. E me procuravam porque o meu conhecimento do setor não era de alguns poucos meses", declarou a testemunha.

Sobre o dinheiro que recebeu da família (cerca de R$ 200 mil), ela disse que era referente ao tempo em que trabalhava na Planam. Maria da Penha entrou com uma ação trabalhista contra a empresa de ambulâncias num valor superior a R$ 100 mil. No entanto, o pedido judicial só foi feito depois de estourar o escândalo dos sanguessugas.

Comissão de Orçamento pede saída de sanguessugas

O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Gilmar Machado (PT-MG), encaminhou ofício às lideranças partidárias solicitando a substituição dos integrantes do colegiado que estejam envolvidos com a máfia das ambulâncias. O petista deu prazo até o dia 4 de outubro para que seja feita a troca dos 17 nomes apontados.

Por enquanto, a única substituição já realizada foi a do PSDB. O deputado Paulo Feijó (RJ), que ocupava uma vaga de suplente na comissão destinada aos tucanos, foi substituído pelo deputado Ricardo Santos (PSDB-ES). O PFL já fez, nesta semana, o desligamento da deputada Laura Carneiro (RJ), mas ainda não indicou seu substituto.

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