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Planam funcionava como banco dos parlamentares

Congresso em Foco

28/7/2006 | Atualizado 29/7/2006 às 1:16

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Como uma instituição financeira. A única diferença é que os juros pelo adiantamento de dinheiro não eram cobrados. Era assim que a Planam se relacionava com os parlamentares envolvidos com a máfia das ambulâncias. Até hoje, a empresa central do esquema que desviava recursos do orçamento da União para a compra de ambulâncias superfaturadas tem créditos a receber no valor de cerca de R$ 830 mil de, pelo menos, oito parlamentares. É o que conta os repórteres Alan Gripp e Maria Lima em reportagem de capa publicada hoje na edição de hoje do jornal O Globo.



Réu confesso dos crimes, o empresário Luiz Antônio Vedoin, prestou depoimento de nove dias à Justiça Federal em mato Grosso em que revelou como antecipava propinas para deputados e senadores que se comprometiam verbalmente a apresentar emendas ao orçamento para compra de ambulâncias. A propina, geralmente, era de cerca de 10% do valor das emendas.



Segundo a reportagem, como nem sempre os recursos eram liberados ou só eram parcialmente, muitos parlamentares tornaram-se devedores da quadrilha. Segundo Vedoin, esse é o caso, por exemplo, do líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PMDB-PB). De acordo com o empresário, Suassuna tem uma dívida de R$ 110 mil "sem juros" com a organização. Ao todo, o assessor do senador peemedebista Marcelo Carvalho recebeu R$ 200 mil em 14 parcelas de janeiro a dezembro de 2005. Suassuna nega qualquer envolvimento com a quadrilha.



O esquema de adiantamento de propinas criou muitos problemas para a organização, contou Vedoin. Segundo o empresário, apões receber um adiantamento de R$ 30 mil, o deputado Paulo Gouvêa (PL-RS), que integra a bancada da Igreja Universal do Reino de Deus, "desinteressou-se do esquema e vendeu a emenda, novamente, a outros operadores". Vedoin também disse ter tomado calote de cerca de R$ 40 mil do deputado Heleno Silva (PL-SE).



O empresário contou ao juiz federal Jefferson Schneider que, por esse motivo, o parlamentar estava "esquivando-se" dele "sempre que o encontrava na Câmara".



A matéria do O Globo diz que a quadrilha não teve o mesmo tratamento quando ficou devendo dinheiro ao ex-deputado Carlos (bispo) Rodrigues (sem partido), que foi um dos principais líderes da bancada evangélica. Em maio de 2005, Luiz Antônio e seu pai, Darci Vedoin, teriam pego um empréstimo de R$ 300 mil com o então deputado para montar uma filial do esquema na Bahia.



Rodrigues teria vendido uma casa em Brasília para atender ao pedido e, segundo o empresário, cobrava juros de R$ 9 mil mensais. Rodrigues foi preso no início de maio por envolvimento no esquema de corrupção. Renunciou ao mandato no ano passado para escapar de um processo de cassação pela participação no recebimento do mensalão.

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