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Senador admite ter usado carro da máfia por um ano

Congresso em Foco

25/7/2006 4:15

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Reportagem do jornal O Globo desta terça-feira revela que o senador Magno Malta (PL-ES) usou por mais de um ano o carro que, segundo o empresário Luiz Antônio Vedoin, apontado como um dos chefes da máfia das ambulâncias, foi dado a ele como pagamento de propina. O senador confirmou ontem a informação ao jornal e disse que a incluirá em sua defesa, que será entregue nos próximos dias à CPI dos Sanguessugas. O senador alegou inocência: disse que o Fiat Ducato preto KAM-4467 não foi um presente da quadrilha, mas um empréstimo do deputado Lino Rossi (PP-MT), também acusado por Vedoin de envolvimento com a quadrilha.

"Devo ter usado o carro por um ano e pouco, mas há um ano e dois meses, mais ou menos, devolvi. Entrei nessa coisa de gaiato. Não conheço essa corja", disse Malta, na matéria dos repórteres Alan Gripp e Chico Otávio.

Em seu depoimento, Vedoin contou que foi apresentado a Malta por Rossi em setembro de 2003. Na ocasião, declarou, o senador teria comentado com Rossi que estava precisando de um carro para percorrer o interior capixaba. O deputado teria dito a Malta, segundo o relato, que conhecia alguns empresários em condições de conseguir o carro, desde que ele garantisse a destinação de recursos de emendas na área de saúde para a aquisição de ambulâncias.

O empresário disse no depoimento que conversou pessoalmente e chegou a um acordo com Malta. "O senador se comprometeu a realizar uma emenda de R$ 1 milhão para aquisição de unidades móveis de saúde pelos municípios do Espírito Santo", contou. Em contrapartida, disse Vedoin, a título de antecipação, pela comissão cobrada (10% sobre o valor da emenda), ele teria entregado ao senador capixaba o Fiat Ducato, cujo documento de propriedade foi fornecido por Vedoin à Justiça.

Para provar que pagara R$ 50 mil pelo furgão, o empresário entregou à Justiça um cheque emitido pela empresa de pequeno porte Enir Rodrigues de Jesus à proprietária do Fiat Ducato, a empresa VR Factoring. Vedoin disse que Malta descumpriu o acordo e não apresentou a emenda.

O senador contestou as informações dados por Vedoin e disse que o carro lhe foi oferecido por Rossi, a quem já ajudara em sua carreira de apresentador de TV. O senador disse que aceitou a oferta porque precisava de um veículo para transportar os integrantes da banda gospel "Tempero do mundo", da qual é fundador e vocalista. O grupo musical faz shows pelo Espírito Santo. O senador disse não saber se o carro foi dado a Rossi pelos donos da Planam, empresa que operava o esquema dos sanguessugas.

"O Lino nunca me falou de corrupção, nunca me fez uma proposta indecorosa. Ainda o considero meu amigo", disse o senador.

Procurado pelo jornal, Rossi não retornou as ligações. No depoimento à Justiça Federal em Mato Grosso, Vedoin acusou Malta e outros dois senadores de envolvimento no esquema de compra de emendas. Ele entregou ao juiz Jefferson Schneider a cópia de um DUT (Documento Único de Trânsito) do carro, que estaria no nome de Rossi, além de bilhete dizendo que a encomenda era para o senador.

Malta, que foi presidente da CPI do Narcotráfico, se disse assustado com a acusação de Vedoin e que não se considera investigado. O senador disse que nunca conversou com Darci e Luiz Antônio Vedoin, pai e filho.

"Sou um homem que tem uma vida de luta contra o narcotráfico. Nunca roubei o Estado e não entreguei dinheiro na mão de bandido. Isso é absurdo", disse o senador.

Além de Magno Malta, outros dois senadores foram acusados por Vedoin de envolvimento com a quadrilha. A petista Serys Slhessarenko (PT-MT) teria recebido R$ 30 mil, pagos a um genro dela; e um assessor de Ney Suassuna (PMDB-PB) teria recebido quantia não revelada. Eles negam.
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