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Congresso em Foco
25/7/2006 | Atualizado às 2:11
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxe 150 pessoas do Líbano aterrissou ontem no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife (PE), às 6h20. Depois de permanecer em solo pernambucano por aproximadamente uma hora e 50 minutos para reabastecimento e procedimentos de limpeza, o avião decolou rumo ao aeroporto de Guarulhos em São Paulo, onde chegou depois do meio-dia.
Os brasileiros embarcaram domingo à noite na cidade de Adana, na Turquia, após operação montado pelo consulado do Brasil para resgatar os cidadãos que viviam na área do conflito entre Israel e Líbano, que dura mais de dez dias. Seis pessoas desembarcaram no Aeroporto Internacional dos Guararapes, para seguir viagem em vôo comercial com destino a Belém, no Pará.
Um dos passageiros, Ali Shaito, de 66 anos, libanês naturalizado brasileiro, que trabalha há 13 anos na cidade de Deir-Rantar, no Líbano, estava bastante emocionado e disse que não poderá ficar no Brasil, porque aqui não tem emprego e precisa sustentar a família. Ele afirmou que fica no país até que a situação no Líbano volte ao normal.
Brasil já resgatou mais de 850 cidadãos brasileiros no Líbano
O governo do Brasil já resgatou do Líbano 854 cidadãos brasileiros, dos quais 318 foram trazidos para o país em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
Parte dos brasileiros retirados do Líbano voltaram ao Brasil por meios próprios, fugindo dos conflitos na região. A maioria eram pessoas com passagens de volta marcadas pela aviação comercial, mas o governo não tem um número oficial sobre esses casos.
A previsão do Itamaraty é trazer para o Brasil até o fim desta semana mais 670 brasileiros, em vôos da FAB na quarta (150 passageiros) e na quinta-feira (80), e também com o apoio da TAM e da Gol, um na quarta e outro na quinta-feira, com 225 passageiros cada.
As representações diplomáticas do Brasil no Líbano, na Turquia e na Síria estão organizando para a próxima quarta-feira novos comboios de ônibus para retirar 200 brasileiros de Beirute para Adana (Turquia) e um número ainda indefinido de pessoas da região do vale do Bekaa, onde há a maior concentração de brasileiros que querem deixar o país, que serão levadas a Damasco.
O coordenador do grupo de trabalho de apoio aos brasileiros no Líbano, embaixador Everton Vieira Vargas, disse hoje que há ainda a possibilidade de organização de dois novos vôos da FAB e um de companhias aéreas comerciais, lideradas pela TAM, para o fim de semana.
O embaixador reconheceu que os diplomatas brasileiros encontraram dificuldades no resgate do grupo de pessoas que seriam levadas do vale do Bekaa para Damasco (Síria), pois alguns brasileiros estavam com situação migratória irregular.
Segundo ele, as autoridades de imigração do Líbano cobraram para a liberação dessas pessoas uma multa equivalente a US$ 30, que acabou sendo assumida pelo governo brasileiro para que se pudesse dar andamento ao resgate do grupo, já que essas pessoas em questão não dispunham de recursos para o pagamento.
Até agora, o governo brasileiro transferiu para as suas representações diplomáticas em Beirute, Damasco e Adana cerca de US$ 440 mil, para o fretamento dos ônibus, acomodação, assistência e alimentação dos brasileiros resgatados.
Condoleezza Rice chega ao Líbano
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegou ontem à capital do Líbano, Beirute, para conversar com líderes do Oriente Médio sobre alternativas para a crise regional. Rice irá se encontrar com o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora.
Já na chegada, Rice elogiou "a coragem e o equilíbrio" de Siniora. Disse também que não deve haver lugar para "grupos terroristas como o Hezbollah" para lançar ataques a partir do território libanês. Mais tarde, Condoleezza Rice segue para Israel onde tem uma reunião com o primeiro-ministro Ehud Olmert. Também está marcado um encontro com o líder palestino Mahmoud Abbas.
Segundo informações governamentais, 372 libaneses, em sua grande maioria civis, foram mortos durante o conflito, que já entra em seu 14º dia. Do lado israelense, 37 foram mortos, metade deles civis. A ofensiva israelense começou após o Hezbollah ter capturado dois soldados israelenses em uma ação na fronteira no último dia 12.
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