Reportagem do jornal O Globo deste sábado afirma que o PFL e o PSDB, após o recuo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas regras da verticalização, estão convocando seus principais líderes para a convenção nacional do PSDB que formalizará amanhã a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência e a coligação nacional entre os dois partidos.
Segundo a matéria de Adriana Vasconcelos, a festa tucana, que pretende reunir cerca de 10 mil pessoas na capital mineira, custará entre R$ 600 e R$ 700 mil e será paga pelos diretórios nacional e estadual, com recursos do Fundo Partidário.
De acordo com o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), será delegado à executiva do partido o poder para oficializar outras alianças, como, por exemplo, a com o PPS. A convenção do PFL, adiada para o próximo dia 21, deverá formalizar a indicação do senador José Jorge (PFL-PE) como vice da chapa.
O partido deve fechar, em breve, o acordo para montar o comitê central do candidato em Brasília. O local do comitê já foi escolhido. Será num prédio do senador Paulo Octávio (PFL-DF) no Setor de Indústrias em Brasília, próximo à movimentada Feira dos Importados. Alckmin já teria conhecido o prédio e aprovado a escolha, embora alguns assessores seus considerem o local afastado do centro da cidade e de pouca visibilidade.
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, aceitou organizar a convenção nacional do PSDB, que formalizará também seu nome como candidato à reeleição, apesar de seus aliados mineiros terem ponderado que sua candidatura só fosse homologada no fim do mês, numa estratégia para ampliar ainda mais seu arco de alianças no estado. "Este será o marco zero da campanha de Alckmin", afirmou Aécio.
Os pefelistas, que chegaram a pensar em desistir da coligação nacional com o PSDB no meio da confusão gerada pela decisão do TSE, também prometem prestigiar a festa tucana, apesar de um grupo significativo do partido ainda continuar sem muito entusiasmo para seguir na campanha do PSDB.
Esse desânimo, dizem os pefelistas nos bastidores, ocorre em parte pelo desempenho fraco de Alckmin nas pesquisas, mas também porque persistem vários problemas nas alianças regionais.