A Executiva do PMDB aprovou hoje, por 11 votos a dois, a manutenção da convenção extraordinária do dia 13. Nessa convenção, o PMDB vai confirmar ou não se lança candidatura própria à presidência da República em outubro. A idéia, encampada pela ala oposicionista do partido, é amplamente combatida pelos governistas da legenda, liderados pelo presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL).
A candidatura própria esta polarizada entre o ex-governador Anthony Garotinho, que lidera os oposicionistas, e o ex-presidente Itamar Franco. Na disputa com outro pré-candidato, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, Garotinho levou a melhor.
Com a decisão de hoje, o PMDB sinalizou que as disputas internas deverão continuar. O novo embate deve envolver o total de votos da próxima convenção. É que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reformulou hoje a decisão do ex-presidente da Corte, Edson Vidigal, que havia invalidado a convenção de dezembro de 2004 na qual determinou-se que o partido teria candidato próprio e realizaria prévias.
Com isso, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), entende que a candidatura própria só pode ser derrubada com o voto de 2/3 dos participantes da convenção do dia 13. Mas a ala governista do partido diz que vale maioria simples.