O plenário deu início, neste instante, ao julgamento do parecer do Conselho de Ética que recomenda a cassação do deputado Wanderval Santos (PL-SP), envolvido no escândalo do mensalão. Em seguida, será a vez do deputado João Magno (PT-MG).
O deputado
Chico Alencar (Psol-RJ), relator do processo contra Wanderval Santos no Conselho de Ética, já subiu à tribuna para ler o seu parecer. No processo, Célio Marques Siqueira, assessor de Wanderval, aparece como sacador de R$ 150 mil de um total de R$ 350 mil das contas de Marcos Valério. Siqueira alegou que agiu em favor de outro deputado: Carlos Rodrigues (RJ), que renunciou ao mandato para escapar da cassação. Apesar disso, a maioria do Conselho de Ética votou com o relator,
Chico Alencar (Psol-RJ), que recomendou a cassação do pastor por ter "alugado" o seu mandato para o ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.
João Magno é acusado de ter recebido R$ 426 mil das contas do publicitário Marcos Valério de Souza. Ele alega que o dinheiro foi utilizado para saldar dívidas de sua campanha a deputado federal, em 2002, e a prefeito da cidade mineira de Ipatinga, em 2004. Porém, a prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais só foi feita em outubro de 2005, depois que os saques foram identificados pela CPI dos Correios. O Conselho de Ética recomendou a cassação do mandato por dez votos a três.