O Plenário da Câmara se reúne na próxima quarta-feira, a partir das 16h, para votar mais dois processos contra deputados acusados de envolvimento no escândalo do mensalão: João Magno (PT-MG) e Wanderval Santos (PL-SP).
João Magno é acusado de ter recebido R$ 426 mil das contas do publicitário Marcos Valério de Souza. Ele alega que o dinheiro foi utilizado para saldar dívidas de sua campanha a deputado federal, em 2002, e a prefeito da cidade mineira de Ipatinga, em 2004. Porém, a prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais só foi feita em outubro de 2005, depois que os saques vieram à tona. O Conselho de Ética recomendou a cassação do mandato dele por dez votos a três.
No outro processo, Célio Marques Siqueira, assessor de Wanderval, aparece como sacador de R$ 150 mil de um total de R$ 350 mil das contas do empresário Marcos Valério. As CPIs dos Correios e do Mensalão (já extinta) apontaram o deputado como destinatário do recurso. Siqueira alegou que agiu em favor de outro deputado: Carlos Rodrigues (RJ), que renunciou. A maioria do Conselho de Ética votou com o relator,
Chico Alencar (Psol-RJ), que recomendou a cassação do pastor por ter "alugado" o seu mandato para o ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.