Terminou há pouco o depoimento do bispo dom Lélis Lara, consultor jurídico-canônico da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Em seu depoimento, o bispo declarou que, ao longo dos 29 anos em que mantém contato com o deputado João Magno (PT-MG), nunca soube de envolvimento do parlamentar em casos de corrupção. Ele depôs como testemunha de defesa do deputado no processo disciplinar do Conselho de Ética, relatado pelo deputado Jairo Carneiro (PFL-BA).
Dom Lélis Lara afirmou que o deputado sempre se portou de maneira "íntegra e honesta", inclusive enquanto esteve à frente da prefeitura de Ipatinga, em Minas Gerais (entre 1993-1996). O bispo afirmou que Magno "se portou de forma correta" desde que seu nome foi vinculado ao escândalo do mensalão, porque teria se antecipado e oferecido à CPI dos Correios a quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.
O bispo também afirmou que os R$ 426 mil sacados por João Magno da conta corrente do Banco Rural da agência de propaganda DNA, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, foram recebidos com autorização do PT.
Agora, os deputados vão ouvir o ex- ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e atual presidente do PT mineiro.