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Congresso em Foco
28/8/2008 | Atualizado às 22:57
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) subiu hoje (28) à tribuna do Senado para pedir explicações sobre a denúncia, publicada em matéria da revista Época, de que a Polícia Federal teria acobertado em suas investigações um dirigente petista. Segundo a revista, a PF deixou de executar uma escuta autorizada pela Justiça nos telefones do secretário nacional de Assuntos Institucionais do PT, Romênio Pereira, durante a Operação João-de-Barro.
"[A denúncia] é grave. Esse é um fato que merece ser apurado", discursou o parlamentar piauiense, que leu a íntegra da matéria em plenário. "Será que é para encobrir escândalos que já correm o mundo envolvendo recursos do PAC?", indagou.
Segundo a Época, a PF informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), corte responsável pela autorização dos grampos telefônicos nesse caso, que não tinha os números de telefone de Romênio. A matéria destaca que “a PF alegou ‘razões técnicas’ para deixar de realizar grampos no ramal telefônico de Romênio na sede nacional do PT, embora tivesse autorização do ministro Cezar Peluso, do STF”.
Documentos obtidos pela revista, no entanto, mostrariam que os agentes tinham outros números do petista – inclusive pessoais e residenciais –, mas sequer solicitaram autorização para rastreá-los.
PAC usurpado
A operação da PF desarticulou um esquema de desvios de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As investigações levaram ao nome do dirigente do PT, que seria um dos operadores das fraudes junto ao alto escalão do governo federal. Por meio de nota divulgada no último sábado (23), Romênio negou qualquer participação no esquema e se afastou do posto para se defender.
No último sábado, a revista IstoÉ também noticiou o assunto: “No próximo mês, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, apresentará ao STF o resultado de uma investigação que atinge diretamente o secretário nacional do PT e vários deputados. Trata-se do resultado da petição 3683, (...), que investiga a ação criminosa de deputados federais, lobistas, funcionários públicos e prefeitos que se locupletavam comercializando emendas parlamentares ao Orçamento da União”, diz trecho da matéria.
Segundo a IstoÉ, a denúncia do procurador contém “mais de dez mil páginas, 20 volumes, 80 gigas de memória em arquivos", e revela "a radiografia de um sofisticado esquema criminoso que envolve 23 construtoras e 119 prefeituras espalhadas pelos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Nas investigações, ficou comprovado que a quadrilha desviou verbas do PAC (...)”. (Fábio Góis)
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