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Congresso em Foco
1/6/2007 | Atualizado 17/12/2008 às 22:20
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ontem, em comunicado em cadeia nacional, que o Senado brasileiro age como um papagaio do Congresso norte-americano e que é mais fácil o Brasil voltar a ser colônia portuguesa do que ele decidir devolver a concessão do canal oposicionista RCTV, que saiu do ar no domingo.
"O Congresso brasileiro está agora subordinado ao de Washington", disse Chávez. "O Congresso do Brasil deveria se preocupar com os problemas do Brasil. O Congresso é dominado pelos movimentos e partidos da direita, que estão tentando que a Venezuela não entre no Mercosul", acusou.
"Este Congresso faz um mau favor à causa sul-americana. A esses representantes da direita brasileira, eu digo que é muito mais fácil que o império português volte a se instalar em Brasília do que o governo da Venezuela devolver a concessão à oligarquia venezuelana", disse Chávez. Durante a fala, ele elogiou o comportamento do presidente Lula, que optou por não comentar o episódio.
As críticas de Hugo Chávez são uma resposta à moção de apelo pela reabertura da RCTV aprovada pelos senadores na quarta-feira. Os parlamentares brasileiros se manifestaram contrários à decisão do presidente da Venezuela de não renovar a concessão da maior emissora privada do país.
O requerimento foi apresentado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Os únicos votos contrários ao texto foram dos senadores José Nery (Psol-PA) e Inácio Arruda (PCdoB-CE). Em seguida, o texto foi aprovado pelo Plenário da Casa.
Azeredo classificou o fechamento da TV, que fazia oposição a Chávez, como "uma atitude contra da democracia". O presidente da comissão, Heráclito Fortes (DEM-PI), criticou a falta de uma posição firme do governo brasileiro sobre o episódio que "cerceia a liberdade de imprensa na Venezuela e merece ser repelido com veemência pelas democracias do mundo inteiro".
Por outro lado, José Nery e Inácio Arruda defenderam que o Brasil respeite a decisão do presidente venezuelano, ao ressaltarem que a Venezuela é uma democracia. (Carol Ferrare)
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