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Congresso em Foco
3/2/2007 | Atualizado 4/2/2007 às 8:36
Agora, o PMDB vai cobrar o crédito em ministérios. O partido amanheceu agitado ontem, semelhante aos amigos que um dos personagens de Chico Buarque anuncia à mulher, na música Feijoada completa: 'Eles vão com uma fome que nem me contem; eles vão com uma sede de anteontem.' A fome é por cinco ministérios. As informações são do repórter João Domingos do jornal O Estado de S.Paulo.
O PMDB, segundo a reportagem, quer manter Comunicações, Minas e Energia e Saúde e receber outros dois, igualmente enormes - Integração Nacional e Transportes. Juntos os cinco ministérios movimentarão R$ 70 bilhões em 2007.
Veja o restante da íntegra da matéria publicada neste sábado (03):
"O candidato mais forte para a Integração é o deputado Geddel Vieira Lima (BA), neolulista que tem o apoio do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Mas há um obstáculo: o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) exige que o governo mantenha seu apadrinhado Pedro Brito, hoje ministro interino.
Como Ciro apoiou a candidatura de Aldo Rebelo (PC do B-SP) para a presidência da Câmara, e ficaram fissuras, Lula busca se reaproximar. Tirar-lhe o ministério seria briga certa. A solução pensada é oferecer a Brito a presidência do Banco do Nordeste. Se der certo, Geddel vai para a Integração.
O deputado baiano se irritou quando indagado se já é ministro. 'Não sou ministro. Sou um simples deputado que quer ajudar o presidente Lula no Congresso. Esse negócio de ministério é só com uma pessoa, o presidente Lula. Vá perguntar pra ele', afirmou Geddel ao Estado. No Planalto, o comentário é de que o deputado conta com apoios importantes, tem a simpatia de Lula e será ministro, da Integração ou de outra pasta.
A Saúde deverá continuar nas mãos do PMDB. Falta definir se será tocada pelo atual ministro, Agenor Álvares, ou por José Gomes Temporão, apadrinhado do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Há quem defenda ainda o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Paulo Lustosa.
No Ministério de Minas e Energia está garantida a permanência de Silas Rondeau, da cota do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), um dos políticos mais influentes junto a Lula.
As negociações com o PMDB alcançam até mesmo a disputa pela presidência do partido. A ala do atual presidente da sigla, Michel Temer (SP), quer a ajuda de Lula para enfrentar a outra facção, que tem à frente o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e Sarney. Se a negociação der certo, Nelson Jobim, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que sonhou presidir o PMDB, será sacrificado.
Contra-ataque
Como a gula do PMDB é muito grande, o PR não apenas se prepara para brigar pelo seu quinhão, o Ministério dos Transportes, como também para contra-atacar. Se o PMDB está de olho nos Transportes, o PR avisa que, com a chegada de dez novos deputados e do governador Blairo Maggi (MT), tornou-se muito forte na base aliada. E sugere que não ficaria mal receber mais uma pasta - a de Comunicações, que é do PMDB.
Entre os partidos da coalizão, há forte expectativa de que Lula começará a ouvi-los a respeito da composição do ministério na semana que vem. No Planalto, porém, a informação é de que Lula não fará isso, porque deseja esperar até a escolha dos presidentes das comissões do Senado e da Câmara, dos líderes dos partidos e dos relatores das medidas provisórias e dos projetos de lei do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Aí, o presidente saberá quem está do seu lado.
Como Lula aparentemente não tem pressa em fechar a equipe, há a especulação de que a reforma poderá ser fatiada. Primeiro, Lula resolveria casos urgentes, como o da saída do titular da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciada para a semana que vem. Para o seu lugar, são candidatos Tarso Genro, ministro das Relações Institucionais, e o ministro do STF Sepúlveda Pertence.
Tarso enfrenta resistências por ser do PT. Os aliados gostariam que a pasta não fosse partidarizada. E Pertence teria de trabalhar de graça - no STF já recebe o teto de R$ 24,5 mil. Se Tarso for para o lugar de Bastos, o mais forte candidato para seu lugar é o ex-governador do Acre Jorge Viana (PT).
A decisão de Lula é reduzir o peso do PT , garante um auxiliar. Nos ministérios que o partido vai manter, existe a possibilidade de o ministro da Educação, Fernando Haddad, ser trocado pela ex-prefeita Marta Suplicy. O controle do Desenvolvimento Agrário é disputado por correntes internas do PT. Já a Defesa deverá continuar com o ministro Waldir Pires. "
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