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A tragédia de Minamata

Congresso em Foco

12/8/2006 | Atualizado 26/8/2006 às 2:29

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Ronaldo Brasiliense

 
No dia 21 de abril de 1956, uma criança com disfunções do sistema nervoso deu entrada no Hospital Shin Nihon Chisso, no Japão. Logo em seguida, no dia 1º de maio, quatro outros pacientes com sintomas similares apareceram no centro de saúde pública de Kumamoto. Esta última acabou sendo a data oficial da descoberta do "mal de minamata", doença cerebral causada pela ingestão de mercúrio.

Naquele ano, um comitê especialmente designado para investigar a doença - de causas até então desconhecidas - reconheceu o mal em 56 pessoas. A investigação apontou pacientes das vizinhanças da Baía de Minamata, cuja dieta era centrada em peixes e frutos do mar. Foram encontrados cristais de mercúrio orgânico nos dejetos da indústria química Chisso.

O mercúrio era despejado em um rio que desaguava no mar, o principal fornecedor de alimentos às comunidades da região. A fauna marinha foi intoxicada e, através da comida, o metal altamente tóxico chegou aos organismos humanos. As mortes e doenças resultantes da contaminação por mercúrio em Minamata são exemplos do grau de toxicidade dos elementos químicos conhecidos como metais pesados.

O mercúrio em sua forma orgânica (metilmercúrio) foi lançado ao mar por uma indústria química japonesa, a Chisso Chemical Corporation. O metilmercúrio é um composto químico bastante solúvel, que pode alcançar elevadíssimos níveis de concentração em peixes e mariscos. Estes, para absorverem oxigênio e se alimentarem, filtram grandes volumes de água. A contaminação da fauna marinha em Minamata foi a causa direta da intoxicação humana.

A doença de minamata afeta o sistema nervoso e o cérebro, causando dormência nos membros, fraqueza muscular, deficiência visual, dificuldades de fala, paralisia, deformidades e morte. O metilmercúrio também ataca o feto durante a gestação. Até mesmo o feto de mães aparentemente saudáveis pode ser gravemente afetado.

Um grande número de crianças com deformidades causadas pela doença foi registrado nos anos que se seguiram à catástrofe japonesa. O resultado da contaminação em Minamata se faz sentir até hoje. Morreram 1.435 pessoas e mais de 20 mil pessoas contaminadas ainda hoje recebem indenizações.

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