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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO
Congresso em Foco
13/6/2025 12:19
O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), gravou um vídeo em que relata os momentos de terror que ele e outros 24 brasileiros enfrentaram na madrugada desta sexta-feira dentro de um bunker em Israel, após o disparo do alarme de ataques. "Só vi em filme, ficamos muito assustados, muito tenso, muito preocupados", disse Damião, enquanto mostrava as instalações (assista ao vídeo mais abaixo).
Na noite de quinta-feira (12), no horário de Brasília, as Forças de Defesa de Israel realizaram um ataque aéreo contra o Irã, tendo como alvo infraestruturas nucleares em território iraniano. O ataque elevou drasticamente a tensão no Oriente Médio, e Teerã prometeu retaliação imediata. Mais de 100 drones iranianos já foram lançados contra Israel, segundo comunicado do Exército israelense, que confirmou que os confrontos estão em curso.
Álvaro Damião contou que viajou a Israel em companhia do secretário de Segurança de Belo Horizonte, Márcio Lobato, a convite do governo local. Ele explicou que foi alertado pelo intérprete sobre como deveria agir caso o alarme de segurança fosse acionado.
Assista ao relato de Damião e veja o abrigo onde o prefeito passou a noite:
"Ele [intérpete] nos informou como que funcionava o bunker, se fosse preciso utilizar o bunker, tinha que chegar no bunker com um minuto e meio e a gente aprendeu, infelizmente a gente teve aula teórica e prática, aí veio a aula prática, estava dormindo, era 2h55 da madrugada, quando eu acordei com um barulho, uma sirene, abri a janela do quarto e vi que a sirene estava tocando mesmo, no bairro", declarou.
O prefeito relatou que está hospedado em uma região localizada a 20 quilômetros de Tel Aviv e a cerca de 50 quilômetros de Jerusalém. "Tocou a sirene, coloquei a primeira roupa que tinha, peguei o passaporte apenas, bati no quarto do lado, chamei o Lobato, para a gente correr para cá, vim para cá para o bunker, no que a gente estava vindo, aí tocou uma sirene no celular, tocou uma sirene no celular, um alerta no celular, esse alerta muito alto, um alerta muito alto, muito mais que um despertador, muito alto e vibrava o celular, mandando a gente procurar imediatamente um bunker, aí vimos todo para cá, como a gente primeira vez que passa por isso, nunca tinha visto", afirmou.
Apesar de ter passagem de volta marcada apenas para a próxima sexta-feira, o grupo tenta antecipar o retorno ao Brasil. A data, no entanto, depende da reabertura do espaço aéreo de Israel, que está temporariamente bloqueado por motivos de segurança.
"Estamos aguardando, descansando como podemos. Fizeram um lanche para a gente, o clima agora está mais tranquilo, mas não sabemos até quando. O objetivo é voltar ao Brasil no primeiro voo possível, com apoio dos governos de Israel e do Brasil", concluiu o relato.
Missão abortada
Outros políticos brasileiros, como o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, também estão sem conseguir deixar Israel porque o espaço aéreo do país está fechado. Uma comitiva formada por prefeitos paulistas e pelo vice-governador do estado, Felicio Ramuth, foi orientada pelas autoridades israelenses a desistir da viagem enquanto fazia conexão em Paris. "Estamos tentando voltar ainda hoje", informou em suas redes o prefeito de Ribeirão Preto (SP), Ricardo Silva. "Quem está lá não vai sair tão cedo", acrescentou.
O prefeito de João Pessoa também gravou um vídeo, relatando a situação enfrentada e manifestando sua intenção de voltar para o Brasil o quanto antes. Segundo ele, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está em contato direto com o Itamaraty para garantir o retorno das autoridades brasileiras que lá estão.
Assista ao vídeo de Cícero Lucena:
Declaração de guerra
A escalada do conflito ocorre após semanas de tensão crescente entre Irã e Israel, com alertas internacionais sobre o risco de uma guerra aberta no Oriente Médio.
O governo iraniano classificou como uma "declaração de guerra" os ataques israelenses às suas bases militares e nucleares e pediu a intervenção do Conselho de Segurança da ONU. No bombardeio, foram mortos o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, e dois cientistas nucleares.
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