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MANIFESTAÇÃO PRÓ-PALESTINA

Ativista brasileiro desembarca em Guarulhos após prisão em Israel

Thiago Ávila foi preso no domingo, com outros 11 ativistas, quando se aproximava da Faixa de Gaza em barco com ajuda humanitária.

Congresso em Foco

13/6/2025 8:09

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Nos Stories do Instagram, a chegada de Thiago Ávila na manhã desta sexta-feira em Guarulhos.

Nos Stories do Instagram, a chegada de Thiago Ávila na manhã desta sexta-feira em Guarulhos.Reprodução/Instagram

O ativista brasileiro Thiago Ávila desembarcou no início desta manhã no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, após passar quatro dias preso em Israel. O brasiliense foi recebido pela esposa, Lara Souza, pela filha de um ano e cinco meses e por apoiadores, que gritavam palavras de ordem em defesa da Palestina. "Estou mais leve, aliviado e grato a Deus", disse ao Congresso em Foco o aposentado Ivo de Araújo Oliveira Filho, pai de Thiago, que também viajou até São Paulo para recepcionar o filho. 

Deportado nessa quinta-feira (12), Thiago foi preso no domingo (8), quando participava da Coalizão Flotilha da Liberdade, uma missão internacional que tentava romper o bloqueio marítimo imposto por Israel à Faixa de Gaza e entregar ajuda humanitária à população palestina.

A embarcação Madleen, que levava arroz, leite em pó e medicamentos, foi interceptada por forças navais israelenses ainda em águas internacionais, segundo os organizadores.

Prisão e greve de fome

Durante os dias de detenção, Thiago permaneceu na prisão de Givon, na região central de Israel, e chegou a ser colocado em regime de isolamento. Segundo a ONG Adalah, que presta apoio jurídico aos ativistas, ele sofreu ameaças de passar sete dias em uma cela solitária e enfrentou privação de sono, comida adequada, água potável e acesso à defesa. O ativista também iniciou uma greve de fome e sede como forma de protesto, o que teria motivado a retaliação.

Thiago coordenava um grupo de 12 ativistas de diferentes países, incluindo França, Alemanha, Holanda e Turquia. Todos foram detidos pela Marinha israelense. Parte do grupo foi deportada no início da semana, mas Thiago e outros ativistas se recusaram a assinar o termo de deportação, que exigia que admitissem ter "entrado ilegalmente" em Israel, mesmo sem terem pisado voluntariamente em território israelense.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel ironizou os ativistas ao confirmar a deportação do grupo nesta quinta-feira. "Mais seis passageiros do 'iate das selfies', incluindo Rima Hassan [deputada francesa], estão saindo de Israel. Adeus, e não se esqueça de tirar uma selfie antes de partir".

Itamaraty apela por paz

No início da noite dessa quinta-feira, o Itamaraty divulgou nota, confirmando a volta de Thiago e pedindo a Israel o fim dos ataques de Israel à Faixa de Gaza. Veja a íntegra do comunicado:

"O governo brasileiro confirma, com satisfação, a libertação do ativista Thiago Ávila, que integrava a tripulação do veleiro Madleen, da Coalizão Flotilha da Liberdade, interceptado por forças israelenses enquanto se dirigia à costa da Palestina para levar alimentos à população da Faixa de Gaza. Após três dias detido em Israel, o brasileiro embarcou nesta quinta-feira (12/6), às 16h05, hora local, em voo comercial com destino a Madri, de onde deverá embarcar em voo de conexão para o Brasil.

Desde a interceptação do veleiro Madleen por forças israelenses na madrugada de 9/6, em águas internacionais entre as costas da Palestina e do Egito, o Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, atuou de modo a garantir a segurança e a integridade física do brasileiro. Manteve, igualmente, contato frequente com seus familiares no Brasil, de modo a informá-los acerca do estado de saúde do brasileiro e das perspectivas de sua libertação e retorno.

No contexto da gravíssima situação de calamidade humanitária na Palestina ocupada, e em especial na Faixa de Gaza, cuja população sofre com fome e desnutrição generalizadas decorrentes do bloqueio imposto por Israel, o Brasil insta o governo israelense a permitir o acesso imediato e sem restrições de alimentos e itens básicos de subsistência na Faixa de Gaza, em linha com as obrigações impostas pelo direito internacional humanitário.

O Brasil apela, por fim, à cessação imediata dos ataques contra a população de Gaza, e recorda a necessidade de pleno respeito às resoluções das Nações Unidas que exigem o fim da ocupação do Território Palestino.

Segundo a Freedom Flotilla Coalition (FFC), a missão era exclusivamente pacífica e humanitária, com o objetivo de denunciar a situação da população de Gaza. As autoridades israelenses, no entanto, classificaram a ação como uma "provocação midiática" e afirmaram que o bloqueio visa impedir o envio de armas ao Hamas, argumento contestado por organizações da ONU e entidades humanitárias."

Família sem contato

A família de Thiago, que vive em Brasília, passou dias sem contato direto com o ativista. Sua esposa, Lara Souza, relatou que nem ela nem a Embaixada conseguiram falar com ele durante o período de detenção.

O pai de Thiago, Ivo de Araújo Oliveira Filho, declarou que o filho foi alvo de tentativa de desmoralização. "Tentam pintar como se fosse um iate de selfies, mas havia propósito, havia estratégia. Eles atingiram o objetivo de chamar atenção para o que acontece em Gaza."

A embarcação Madleen zarpou da Itália em 1º de junho com destino à Faixa de Gaza. A relatora da ONU para os Territórios Palestinos Ocupados, Francesca Albanese, confirmou três incidentes durante a travessia e criticou a abordagem israelense. Imagens divulgadas mostram os ativistas com coletes salva-vidas e mãos levantadas durante a interceptação.

O episódio lembra o ataque ao navio turco Mavi Marmara, em 2010, quando dez ativistas foram mortos em uma ação semelhante. A repressão israelense à flotilha gerou críticas e reações de grupos de direitos humanos e autoridades internacionais.

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