A oposição anunciou ontem que irá à Justiça Eleitoral contra o presidente Lula por causa do pronunciamento feito anteontem por ele, em cadeia de rádio e TV. Ao saudar os trabalhadores brasileiros pelo Dia do Trabalho, Lula ressaltou ações do seu governo.
Para o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), o presidente está fazendo campanha pela reeleição antes do período autorizado pela legislação. "Lula faz campanha descarada, deslavada, disfarçada e usa para isso os meios institucionais."
Pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin não poupou o presidente. "É um precedente grave o presidente ter usado a rede nacional para fazer campanha. Na realidade, é uma autopromoção, campanha política deslavada", atacou o ex-governador de São Paulo.
O mesmo discurso foi adotado pelo presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), para o qual, Lula "tornou-se um delinqüente constante em infringir a lei eleitoral e em utilizar o cargo para campanha". A Lei Eleitoral só autoriza os candidatos a abrirem suas campanhas depois de junho, mês em que os partidos são obrigados a realizar convenções e registrar oficialmente suas candidaturas. "É uma desfaçatez. Impressiona a tranqüilidade com que Lula e o PT quebram toda a legislação. Lula está banalizando a quebra da lei", protestou Tasso.