O presidente Lula indicou hoje que deve chamar a atenção de seu partido sobre a necessidade de fazer o maior número possível de coligações eleitorais. Ele participa na tarde desta sexta-feira do primeiro dia do 13º Encontro Nacional do PT, em São Paulo, que discutirá conjuntura política e tática para as eleições de outubro.
"Eu espero que o PT esteja consciente de que vai entrar em uma disputa eleitoral, que precisamos costurar política de alianças em todos os Estados e temos que minimizar as disputas internas", disse ele, quando questionado sobre sua participação no encontro de seu partido e após afirmar que desconhecia a pauta do evento.
Mais uma vês, o presidente evitou confirmar sua candidatura à reeleição. "O mês de junho é quando o quadro estará definido. Não vou me decidir pela candidatura até o dia 30 de junho, mas o PT não pode ficar parado."
Palocci e Garotinho
Lula não se furtou a responder sobre o indiciamento do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Ontem, Palocci foi indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de quadrilha e peculato no inquérito que apura irregularidades na contratação de empresas de varrição em Ribeirão Preto (SP), na época da sua administração.
"O indiciamento é o começo de um processo. O fato de alguém ser indiciado não prova que a pessoa é culpada ou inocente, apenas prova que a pessoa agora tem de resolver os problemas", declarou.
O presidente também comentou a possibilidade de que o atual pré-candidato à presidência, Anthony Garotinho (PMDB), suba no palanque do PT na disputa presidencial. "Eu não faço acordo com pessoas, mas com partidos políticos e isso depende do partido", disse ele.