Depois de participar do encerramento da 9ª Marcha dos Prefeitos a Brasília, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho disse que as suspeitas sobre doação de dinheiro à sua pré-campanha à Presidência da República pelo PMDB são uma "perseguição". No entanto, admitiu que as entidades doadoras tomaram uma postura "eticamente incorreta" ao declarar sedes em cidades diferentes daquelas em que realmente atuam para driblar a tributação.
"Tudo isso que vem acontecendo é uma perseguição contra mim desde que eu cresci nas pesquisas. Meus adversários, que são poderosos, como os bancos e as organizações 'Globo', têm feito uma perseguição implacável para ver se recuo", declarou Garotinho. O pré-candidato do PMDB também chamou de descabido o questionamento se considerava a triangulação empresa-Estado-doação se assemelha com o mensalão. "Querer fazer uma associação descabida dessas? Só partindo de uma mente muito maldosa", disse.
O peemedebista afirmou que devolverá os R$ 650 mil das doações que recebeu para a sua pré-campanha por meio de um cheque nominal. "A única questão a ser levantada, que não é ilegal, é a questão do domicílio das empresas. Achei que não era eticamente favorável, considerei eticamente incorreto e mandei imediatamente devolver o dinheiro".